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Festa de São Pedro: proibição de camelôs divide opiniões

* Por Leandro Fidelis

A tradicional Festa de São Pedro em Venda Nova vai perder sua principal marca na edição deste ano. Em comum acordo, o comércio local, através da CDL, a Prefeitura e a comissão da Igreja Católica decidiram vetar a entrada de camelôs dentro e fora do Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, nos dias 30 deste mês e 1º de julho.

A Paróquia São Pedro Apóstolo estará comemorando 30 anos durante a Festa e o grupo não quer vincular a tradição religiosa do evento- em homenagem ao padroeiro- ao comércio informal, embora muitos moradores não concordem com a mudança. Era o único evento até então com a presença de barraqueiros.

Apenas barracas de cachorro-quente, pipoca, algodão doce, sorvete e brinquedos serão permitidas. Segundo o secretário de Finanças, Antônio Resende, este grupo paga um alvará anual à Prefeitura, que varia entre R$ 150,00 a R$ 200,00, para participar de festas no Centro de Eventos.

A proibição aos camelôs consta no cartaz da Festa. Segundo Olímpio Perim Júnior, do conselho da Câmara dos Dirigentes Lojistas- CDL, há cinco anos a entidade alerta a Igreja sobre as perdas para o município com a não-arrecadação de impostos junto aos barraqueiros. “Nós comerciantes pagamos impostos o ano inteiro e apoiamos a Festa na divulgação, enquanto estes vendedores vêm de longe para comercializar produtos pirateados, sem garantia para quem compra”, diz.

O presidente da comissão da Festa, Davi Camata, endossa a proibição, que também inclui as barracas de cerveja. “A gente sabe que está tomando uma decisão polêmica, que não vai agradar a todos, mas tudo partiu de um consenso”.

Pároco de Venda Nova, padre João Luiz disse não saber como surgiram as barracas na Festa de São Pedro. “Não é a paróquia, nem a Prefeitura que autoriza a presença desses comerciantes. Tentamos caminhar de uma forma que ninguém saísse prejudicado, principalmente o comércio local que sempre nos apoiou”.

“A Igreja pede nossa participação na Festa, por isso não acho justo os camelôs terem lucro com o evento”, opina a comerciante Andréa Bossois.

Público reage

Se de um lado há consenso entre comércio, Prefeitura e comissão da festa, entre o público a mudança não agradou. “Era a oportunidade de comprar roupa mais barata, sem contar que as barracas são a animação da Festa”, lamenta a dona-de-casa Luciana Veríssimo.

A professora Regina Carnielli tem a mesma opinião. “O público vai perder a opção que sempre teve de encontrar novidades com o preço mais modesto que o do comércio de Venda Nova”.

* Publicada em 07/06/2007

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