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Pêssego é promessa na fruticultura da região

Ambiente natural propício, demanda crescente e geração de renda em pequenos espaços. Segundo o presidente do Incaper, Enio Bergoli, estas são três grandes oportunidades que terá o agricultor capixaba que passar a cultivar pêssego.

Um dia especial para a cultura da fruta aconteceu nesta quinta no Centro Regional de Desenvolvimento Rural Centro-Serrano do Incaper, na Fazenda do Estado. Cerca de 100 produtores e técnicos que acompanham o setor de fruticultura participaram. Promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura, o encontro é uma das ações do cronograma de execução do Plano Estratégico da Agricultura Capixaba, implantado em 2003.

Na primeira parte do evento, o coordenador do Programa Estadual de Fruticultura, Aureliano Nogueira da Costa, falou sobre a situação atual da cultura do pêssego no Espírito Santo e sobre a oportunidade de expansão que a atividade apresenta. Já na segunda, por volta das 11h, o grupo esteve numa propriedade rural.

Bergoli informou que atualmente os plantios ocupam apenas 20 hectares e que a partir do próximo ano essa área deve aumentar para 100. “O Incaper acompanha quatro pontos do Estado, onde estão sendo testadas dez variedades. Ampliando mais 30 pontos em 28 municípios, teremos mais segurança para ampliar os plantios”, disse. Ele acrescenta que, além do clima favorável, de 1 a 2 ha são suficientes para gerar um montante bruto de R$ 30 mil.

Para incentivar o cultivo de pêssego, o governo distribuirá gratuitamente 30 mil mudas no segundo semestre de 2007. “Aos poucos vamos ofertar no mercado um produto capixaba voltado tanto para a mesa como para a indústria”. Ainda segundo o presidente, o Incaper vai realizar uma série de treinamentos. “O pêssego exige muito rigor técnico para produzir competitivamente”, avalia.

O prefeito de Conceição do Castelo, Saulo Belisário, diz estar animado com as oportunidades. “O produtor sempre tem medo de não conseguir vender, mas com a expectativa da vinda de uma indústria de polpa para o Estado a agricultura vai se sobressair”.

Já o agricultor Lourival Haesi, de Santa Maria de Jetibá, vê na cultura do pêssego mais uma fonte de renda na propriedade. “Estou interessado em participar do programa porque no meu município a fruticultura agrega valor ao pequeno produtor familiar. A fruta é procurada e mais uma fonte de renda”.

Produtividade

Apesar de ocupar apenas 20 hectares em terras capixabas, é alta a produtividade das lavouras de pêssego. São 25t/ha e a produção anual gira em torno de 500 toneladas. Entretanto, é insuficiente para abastecer o mercado interno.

Com o início das operações de uma fábrica de polpa no município de Linhares, a demanda do mercado terá um aumento significativo. Segundo o Incaper, essa nova unidade estima que a demanda para 2007 será de 12 mil toneladas de pêssego, para atender apenas uma indústria de sucos prontos para beber, também instalada em Linhares. Atualmente, o pêssego adquirido para atender a demanda desta fábrica é importado da Argentina e do Chile.

Além deste grande potencial de mercado no setor industrial, o consumo “in natura” e as agroindústrias artesanais também são demandadores da fruta. Com estas oportunidades de mercado, não haverá dificuldades para comercialização do pêssego no Espírito Santo.

* Publicada em 09/11/2006

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