Com madeiras refugadas, três voluntários da Festa da Polenta resolveram por em prática uma idéia que surgiu há dois anos. Eles montaram uma estrutura com um moinho de pedra funcionando dentro do Centro de Eventos Padre Cleto Caliman.
A engenhoca está pronta e mostra com perfeição o processo que transforma os grãos de milho em fubá. Na estrutura com madeira refugada podem ser observados dois esteios de braúna que fizeram parte de um antigo moinho e uma peça de cacunda, todas têm mais de 70 anos.
Para montar toda engrenagem, além de reaproveitar peças de madeira de demolição e de eucalipto, os responsável pelo projeto precisam do apoio dos amigos. Benjamim Falqueto cedeu a pedra com o eixo e o rodiz, o mesmo que roda o pelto. A peça de nome esquisito fica na base da estrutura, onde a água bate e faz a engrenagem girar.
Uma bomba de 2kw retira a água do lago da propriedade de Rafael Zandonadi, a leva para uma altura de 260 metros, de onde a gravidade se encarrega de levar até o moinho. Esta é a parte que faz a engrenagem girar.
Na boca da moenga, lá perto de onde o milho vira fubá, tem uma peça que controla a quantidade de grãos a ser triturados. Outro dispositivo, também ligado à moenga, produz a trepidação responsável pelo balanço e move os grãos rumo ao campo de atrito. Ainda do lado, um dispositivo controla a altura da pedra, fazendo a folga que define se o fubá vai ficar mais grosso ou mais fino.
Uma bica direciona o fubá para uma caixa de reserva. De acordo com um dos organizadores, a demonstração deverá render uma saca e meia de fubá por dia de Festa da Polenta.
Um trio bem humorado
Quem nos explicou como funciona toda esta engrenagem foi Pascoal Falqueto que, junto com os primos Dácio e Ângelo, planejou o moinho. Somos três primos, três cegos, três surdos e três teimosos, disse Pascoal sem explicar exatamente como tirou esta conclusão. Ah! Os três são Falqueto e incansáveis voluntários da Festa da Polenta.
* Fonte: Site Festa da Polenta