O melhor café do Espírito Santo é de Castelo. O cafeicultor Valdeir Dalcin Tomazini venceu o 12º Prêmio de Qualidade Cafuso UCC para os cafés das Montanhas do Espírito Santo. O anúncio dos ganhadores aconteceu sábado (30), no Clube Recreativo de Venda Nova do Imigrante.
Além do reconhecimento pela produção do melhor café capixaba, o ganhador levou o prêmio de R$ 20 mil para continuar investindo na qualidade da produção de café arábica. O concurso contou com 199 amostras inscritas, sendo que 110 delas estavam aptas a participar da competição.
“Este é um incentivo para eu e minha família tentarmos sempre melhorar a qualidade do café que produzimos. Com o dinheiro do prêmio, vamos comprar novas peças e acessórios para o descascador de café e buscar produzir um café ainda melhor”, declarou Tomazini, que usa tecnologia na produção de café desde 2002.
Voltado para os produtores da variedade arábica dos municípios localizados nas regiões mais altas do Estado do Espírito Santo, o prêmio tem o objetivo de incentivar a busca pela excelência na produção, como meio mais eficaz de conquistar novos mercados e atender a crescente demanda por cafés diferenciados.
O governador Renato Casagrande destacou o grande apoio que o Governo tem dado ao produtor para fortalecer o setor. “O consumo de cafés especiais capixabas cresce em todo mundo por causa do investimento em qualidade. O Governo tem trabalhado para continuar auxiliando o setor na busca por excelência, pois a cafeicultura é a atividade mais importante para a maioria dos municípios capixabas”.
O presidente da Realcafé, Sérgio Tristão, declarou a satisfação por perceber o interesse dos produtores em continuar sempre a investir na qualidade. "Ao buscar a excelência e implantar melhorias nos procedimentos, o produtor agrega mais valor ao seu café. Agradecemos ao Governo do Estado que apoiou o concurso e sem essa parceria não seria possível realizar a premiação", destaca.
Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, o investimento em qualidade de café determina a condição de renda e de permanência das pessoas no campo. “A qualidade virou um caminho sem volta para a cafeicultura e, junto com o investimento em tecnologia, é um fator fundamental para superar o momento difícil pelo qual o setor tem passado”, pontuou.
O Prêmio é uma realização da Realcafé, em parceria com a torrefadora japonesa Ueshima Coffee Company (UCC), com patrocínio do Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) e Incaper, Sicoob, Sebrae, Organização das Cooperativas do Brasil, Prefeitura de Venda Nova e Caixa Econômica Federal.
Os produtores tiveram três meses para inscreveram suas amostras. Destas, foram destacados 39 cafés finalistas que foram submetidos a testes sensoriais. As avaliações foram feitas por profissionais de renome internacional. Além da qualidade do grão, o aspecto ambiental da propriedade também foi levando em consideração na avaliação.
Entre os critérios observados para a pontuação socioambiental estiveram: rastreabilidade, utilização de fertilizantes e defensivos, gestão do solo e dos resíduos, procedimentos de colheita e pós-colheita, conservação do meio ambiente e saúde e segurança do trabalhador. O resultado da análise sensorial desenvolvido por uma comissão julgadora corresponde aos outros 80% da avaliação.
Vencedores:
1º lugar: Valdeir Dalcin Tomazini – 91,26 – Castelo – R$ 20.000
2º lugar: José Leandro Romão – 90,91 – Castelo – R$ 15.000
3º lugar: Edmar Busato – 89,51 – Marechal Floriano – R$ 10.000
4º lugar: Anilton Afonso Miniguite – 87,86 – Vargem Alta – R$ 5.000
5º lugar: Rogério de Oliveira Zambon – 87,45 – Brejetuba – R$ 4.000
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