* Redação FMZ
Apenas 30% do atendimento de urgência e emergência do Hospital Padre Olívio, de Vargem Alta, está garantido com mais uma paralisação dos funcionários, iniciada nessa quinta-feira (27). Dessa vez, segundo eles, faltam equipamentos e os salários continuam atrasados. Médicos, enfermeiros e outros profissionais, num total de 52 pessoas, vão decretar greve geral a partir de domingo (02) caso a situação não se resolva.
Esta é a segunda vez, em menos de um mês que o hospital entra em greve e não há prazo para terminar. A medida foi tomada após a renúncia de toda a diretoria da instituição, que é filantrópica, e também pelo fato de faltar oxigênio, material de limpeza e o não recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários.
Apesar de os funcionários paralisarem o atendimento, o sindicato da categoria não aderiu ao movimento. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Sul do Estado (Sitesci), Carlos Damasceno, a greve é de cunho político. “Os funcionários se reuniram com o prefeito e ele pediu para entrarem de greve e, por isso, não vamos apoiar. As ações trabalhistas das reivindicações deles já estão encaminhadas na justiça”, explicou.
No final do último mês, o hospital sofreu uma intervenção devido à outra greve em que os funcionários pediam o pagamento dos décimos terceiros de 2012 e 2013 que não foi pago. Foi nomeado um interventor que fez um acordo sobre o pagamento. No entanto, o diretor que pediu renúncia, entrou com um mandado de segurança e voltou a gerir o hospital.
Por nota, a prefeitura de Vargem Alta informou que lamenta a nova greve e garantiu que o repasse para a instituição está em dia. Disseram ainda que estão estudando uma forma de ajudar o hospital a se restabelecer. E negou que haja influência do prefeito na decisão de greve dos funcionários. (*Com informações do Gazeta Online e de funcionários do hospital).