#Pedalfmz: competição em bikes forma campeões de bem-estar

* Valdinei Guimarães

valdinei@radiofmz.com.br

 

Que tal praticar um esporte saudável para o corpo e que ainda possibilite passear por belas paisagens, fazer amigos e vencer seus limites? É tudo isso que os praticantes das modalidades de ciclismo esportivo prometem. Eles usam as bikes para vencer desafios para o corpo e, enquanto se superam nos pedais, melhoram a saúde e desenvolvem valores que levam para a vida.

 

Em Venda Nova do Imigrante, quem decidiu levar o pedal ao nível de competição encontrou mais do que desafios contra adversários. Andar de bike por esporte acabou se revelando uma maneira de superar seus próprios limites. O estudante Bernardo Minto (16), ciclista desde os 12, é quem explica o valor de uma competição para quem pedala. “Se você participar de uma prova, você vê que pode ir além. É muito bom ganhar, mas não ganhar de outra pessoa, e sim de você mesmo”, comenta o ciclista.

 

Bernardo pratica três modalidades de ciclismo: o mountain bike XC, o downhill e o enduro de bike. Todas são categorias que envolvem percursos de terra, montanhas e trilhas. Na modalidade de enduro, o competidor tem que completar estágios em terrenos como trilha e terra em um tempo predeterminado. Para competir no enduro, Bernardo pratica pesado durante a semana. “Estou me preparando para participar de uma competição de enduro de bike. Talvez até participar de uma prova no fim do ano em São Paulo. Procuro treinar sete vezes por semana. Faço três vezes musculação, duas ou três vezes mountain bike e treino especificamente enduro ou downhill nos fins de semana”, conta Bernardo.

Para acompanhar tanta dedicação no preparo, a bicicleta tem que ser especial. “Minha bike tem um peso bom. São apenas dez quilos para uma bicicleta que tem suspensão traseira e dianteira e que possui boa estabilidade”, revela Bernardo. O preço para ter uma magrela desse nível é salgado. Elas podem custar tanto quanto um carro popular zero quilômetro. Mas, há quem defenda que não é preciso gastar tanto para ser um esportista sobre duas rodas.

 

“Ao contrário do que as pessoas pensam, competir não é só para profissionais. É para qualquer pessoa, porque o seu maior adversário é você mesmo. Então, você ganhando de si mesmo e chegando em último lugar, às vezes será mais aplaudido que o primeiro colocado, porque se superou e não desistiu”, conta o comerciante e veterinário Gabriel Pagotto (33). Ele pratica o cross duatlhon, modalidade que envolve mountain bike e corrida de montanha .

Gabriel reconhece que, em geral, os esportes envolvendo ciclismo são caros, mas afirma que é possível começar com equipamentos mais acessíveis. “Normalmente, as bikes que usamos nessas competições são feitas de materiais mais resistentes, porque são colocadas em situações extremas. O mercado nacional não oferece esse tipo de material, por isso tudo tem que ser importado. Mas, é possível comprar uma bicicleta sem gastar muito dinheiro e, como o tempo, ir melhorando e se apaixonando pelo esporte”, explica Gabriel.

 

A premiação em dinheiro ainda é escassa nas competições, porém, o investimento no esporte é recompensado com a qualidade de vida. Gabriel conta que pedalar fez com que ele não tivesse mais problemas respiratórios. “A bicicleta me tirou a dependência da bombinha de asma. Quando comecei a pedalar, ela tinha que andar no meu bolso. Cada morro que eu subia, tinha que usá-la porque eu ficava sem fôlego. Hoje, nem sei onde a bombinha está. Nunca mais precisei usá-la”, conta Gabriel.

 

É o benefício à saúde que motiva o mecânico Leomário Tedesco (39) a continuar pedalando. Ele é praticante de cross-country e encara os desafios sobre duas rodas há 12 anos.  Para Leomário, a maior vantagem dos pedais é exercitar o corpo por completo. “Nos dias de hoje, algum esporte a pessoa tem que fazer. A bicicleta é um exercício completo, que força o corpo todo, mas não oferece nenhuma pancada que pode causar lesões no esportista”, defende Leomário.

 

O atleta-mecânico já participou de várias competições, mas abandonou as provas por questões financeiras. Ele acredita que deveria haver mais incentivo do poder público para os ciclistas. Para Leomário, um apoio no transporte até o local das competições já seria de grande ajuda. “Hoje, para competir em outras cidades, você representa o município. Porém, você se cansa para chegar até o local da prova, depois se esforça para competir e ainda tem que voltar para casa dirigindo. Se tivesse um transporte para levar e trazer os atletas, seria melhor e mais seguro”, explica Leomário.

Se você se animou e quer começar a praticar algum esporte sobre duas rodas, Gabriel Pagotto tem algumas orientações. “É um esporte democrático. Não pense que é só para super atleta. Existem equipamentos muitos caros, sim. Mas, para quem quer começar, pode ir a uma loja comprar uma bicicleta sem gastar muito dinheiro. E você começa devagar. Não queria virar atleta da noite pro dia. Acredite que você pode fazer e comece!”, explica Gabriel.

 

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