Disque-Denúncia: trotes atrapalham polícia em Venda Nova

* Valdinei Guimarães

valdinei@radiofmz.com.br

O trabalho da polícia vai além da prisão de pessoas que cometem atos contra as leis. A investigação também é rotina para as autoridades e uma ferramenta que ajuda a prevenir e combater a criminalidade é o Disque-Denúncia. O serviço garante o anonimato de quem denuncia, mas precisa ser usado com responsabilidade. Em Venda Nova do Imigrante, a maioria das denúncias não é verdadeira.

As principais denúncias registradas em Venda Nova são de maus-tratos a animais e tráfico de drogas. De acordo com titular da delegacia do município, Maria Elisabete Zanoli, são registradas de três a quatro ligações por mês no município. Dessas, a maior parte não tem procedência. “As pessoas costumam ligar para passar informações enganosas. O maior problema é que isso faz a gente parar o que está fazendo e ir apurar, porque tem coisas que não podem esperar. Aí, quando chegamos lá, constatamos que é mentira”, explica a delegada.

As ligações são anônimas e vão diretamente para a central do Disque-Denúncia em Vitória. De lá, as informações são repassadas para as delegacias responsáveis. O anonimato é garantido. Portanto, o denunciante não precisa se identificar e há quem se aproveite disso para enganar a polícia. “Uma vez, denunciaram que havia uma criança morta em um centro espírita no município de Conceição do Castelo. Fomos para lá imediatamente e, ao chegarmos, vimos que não passava de um trote”, conta Maria Elisabete.

Em alguns casos, quem resolveu brincar com as autoridades acabou se dando mal. “Teve uma situação em que ligaram avisando que uma mulher havia sido morta pelo marido, também em Conceição do Castelo. Quando chegamos lá, a mulher estava viva. Ela mesma tinha feito a falsa-denúncia por intriga com o companheiro. Ele acabou revelando que a mulher era foragida da Justiça por homicídio. Nós verificamos e a prendemos”, revela a delegada.

De acordo com o gerente do Disque-Denúncia 181, Angelo De Carli, a população pode usar o serviço para registrar vários crimes. “Além de ocorrências sobre tráfico de drogas, também registramos solicitações para patrulhamento da polícia, sendo essa a segunda incidência de ligações, além de solicitações para averiguação de pessoas suspeitas e novas denúncias relacionadas a situações que trazem perigo para vida, como riscos em construções, estabelecimentos, venda clandestina de gás de cozinha, de alimentos e outros”, enumera De Carli.

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