Estamos perto da Sexta-Feira da Paixão, data em que o consumo da torta capixaba é tradicional no Espírito Santo. Mas saiba que com a alta do dólar os produtos importados, como o bacalhau e o azeite, podem deixar o tradicional prato ainda mais salgado. Quer economizar e ainda comprar bons produtos? Fique atento às dicas do Procon-ES.
O diretor-presidente do Procon Estadual, Ademir Cardoso, informa que a primeira dica é fazer as compras sem pressa para poder escolher bem o que está levando para casa. “Quem quiser economizar poderá substituir o tradicional bacalhau por outro tipo de pescado e, ainda, buscar ingredientes alternativos e que estejam mais baratos. É preciso cuidar, sobretudo, do nosso orçamento. O importante é não se endividar”, orienta o diretor.
Consumir produtos vencidos e estragados pode fazer muito mal à saúde do consumidor. Por isso, comprar alimentos em supermercados e feiras livres requer muita atenção, principalmente com a proximidade da Semana Santa, onde muitos alimentos ‘in natura’ são adquiridos para a torta.
Por isso, antes das compras, verifique as condições de higiene do estabelecimento e dos atendentes. Esse cuidado também deve ser tomado com os vendedores ambulantes. Certos cuidados básicos podem evitar problemas, como doenças e intoxicações alimentares.
Na compra do palmito para a tradicional torta capixaba e outros produtos ‘in natura’, verifique a procedência do alimento e observe se os produtos estão protegidos da presença de insetos, bem armazenados e refrigerados. As condições dos produtos são itens fundamentais para garantir um alimento saudável.
O peixe deve ter a carne firme, os olhos salientes e brilhantes, guelras avermelhadas e escamas que não soltem com facilidade. Quanto ao peixe em postas, o ideal é que elas sejam cortadas na hora da compra, mas se já estiverem cortadas, observe a textura da carne. No supermercado, o pescado deve estar exposto em balcão frigorífico, e na feira, envolto em gelo picado, sempre protegido do sol e insetos. Além disso, é obrigatório que o encarregado das vendas use luvas descartáveis e avental.
Ao comprar lulas e polvos, a orientação é que o consumidor adquira os de cor mais clara, sinal de que estão mais frescos. Já para os mexilhões, mariscos e ostras, a orientação é comprar moluscos ‘in natura’ e observar se as conchas estão bem fechadas. Moluscos com conchas abertas não estão próprios para o consumo. No caso do camarão, devem também ser firmes e com a carapaça presa ao corpo e o odor deve ser característico do produto, sem ser forte demais.
Para produtos vendidos a granel, verifique o peso, quantidade e aparência do alimento. Recuse produtos mal acondicionados, verifique a presença de sujeiras, mofo e não compre o produto se houver suspeitas sobre sua qualidade.
Em qualquer compra, leia sempre o rótulo dos produtos que devem estar em letras legíveis, em português, e trazer informações importantes como data de fabricação, prazo de validade, composição, peso, carimbos de inspeção, origem e fabricante/produtor, entre outros. Também é interessante que o consumidor adquira o hábito de ler os ingredientes e as informações nutricionais para ter certeza do que irá consumir.
Produtos industrializados que estejam vencidos e que apresentam embalagens estufadas, enferrujadas, amassadas, furadas, rasgadas, violadas ou com vazamento não devem ser adquiridos. Se o supermercado estiver comercializando esse tipo de produto, o consumidor deve chamar o gerente e solicitar a retirada desses produtos das gôndolas e denunciar o fato ao Procon do seu município ou ao Procon Estadual. Se o consumidor notar que levou para casa um produto em péssimas condições, deve retornar, o mais rápido possível, ao estabelecimento onde efetuou a compra, munido da nota fiscal, e exigir a troca.
(FOTO: REPRODUÇÃO/KIMBLE YOUNG/CREATIVE COMMONS)