Esculpidos com amor e muito capricho. Assim nascem os bebês reborn. Os bonecos, feitos de material siliconado, são confeccionados para ficarem muito parecidos com nenéns de verdade. Os detalhes impressionam: os fios de cabelo são colocados individualmente, eles têm peso muito próximo aos reais (chegam a pesar três quilos), e os artesãos se esmeram em pintar até mesmo as veias e o rosado na pele.
Em Piúma, uma artesã decidiu investir na técnica e tem ganhado fãs pelo Brasil e pelo mundo. A artesã Verônica Tavares conta que a ideia surgiu após um curso que ensinava a trabalhar com as peças. Ela se apaixonou pela arte e decidiu trabalhar com isso. Os clientes, ela conta, são variados: crianças, adultos, idosos, admiradores da arte e colecionadores de bonecas. Ela vende para todo o Brasil e exterior e já chegou a mandar quatro peças para o Japão. Agora, ela trabalha em uma que vai enviar para a Austrália. Alguns clientes já têm várias bonecas feitas por Verônica.
"Há pessoas que compram porque querem guardar uma recordação de quando os filhos eram nenéns. Outros são colecionadores. As peças são muito reais: o cabelo é natural ou de pelo de ovelha, pintamos até as veinhas e detalhes mínimos. Se o cliente mandar a foto do bebê, fica bastante semelhante", revela Verônica, que também já investiu na compra de um bebê reborn feito por outro artesão. O vídeo abaixo mostra o momento em que ela recebeu a peça.
Hoje, a artesã se desdobra dar conta da demanda. Segundo ela, já ficou impossível responder a todas os contados via WhatsApp ou Facebook, mas ela tenta deixar os clientes sempre atualizados com suas peças, postando fotos do trabalho nas redes sociais. O preço de cada peça é a partir de R$ 1.150 e ela conta que o boneco mais caro que ela já vendeu custou R$ 2,5 mil. Cada peça leva, em média, 15 dias para ficar pronta.
"Não trabalho pelo dinheiro. Faço porque gosto. Esse trabalho, claro, me dá uma vida mais tranquila, mas tenho um imenso prazer em trabalhar em cada bebê. Quando chega a hora de entregar para o cliente, me dá vontade devolver o dinheiro e ficar com ele, de tão real. A gente se apega", conta a artesã.