Atualizado às 14h43
A Justiça determinou o afastamento do prefeito de Vargem Alta, João Bosco Dias (PSB), do presidente da Câmara de Vereadores, Luciano Quintino (Solidariedade), do Secretário de Obras, Indon Solles Demartini, do Secretário de Agricultura, Daniel Gomes de Moraes, e de outros seis servidores da administração municipal. Segundo o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o afastamento foi necessário para a continuidade das investigações da Operação Canudal, que apura a participação dos membros do poder público em fraudes em contratos e licitações. As informações são do Folha Vitória e, segundo a publicação, os desvios envolveriam empresas da construção civil, pavimentação e autopeças.
As investigações do Ministério Público apontam que as empresas combinavam quem venceria as licitações e alguns servidores facilitariam o esquema. Além disso, a investigação aponta também para o uso de servidores públicos em propriedades particulares. Os prejuízos aos cofres públicos, segundo a publicação, pode chegar aos R$ 13 milhões. A Operação Canudal foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (30).
A operação ainda está em andamento no município e conta com a participação Ministério Público Estadual (MPES), por meio Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Militar e Servidores da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
O nome da Operação é uma referência ao ponto mais alto do município de Vargem Alta, a Pedra do Canudal, com altitude de 870 metros. As investigações são conduzidas por um procurador de Justiça e seis promotores de Justiça. Atuam na operação 75 Policiais Militares e 4 servidores da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
Após o cumprimento dos mandados, membros do MPES iniciarão a análise dos documentos e dados apreendidos e tomarão declarações dos investigados, testemunhas e informantes.
Com informações do Folha Vitória e do MPES
Foto: MPES