El Nino enfraquece no outono; inverno deste ano deve ser mais frio do que o de 2015

O fenômeno El Niño vem influenciando o clima global desde o inverno de 2015 e continua interferindo na chuva, nos ventos e na temperatura em muitas regiões o planeta neste fim de verão, porém de com menor intensidade. O Hemisfério Sul entre oficialmente no outono no dia 20 de março, à 1h30, pelo horário de Brasília.

 

ciclo de vida normal de um EL Niño se estende, em geral, por 9 a 12 meses. Para o Hemisfério Sul, o ponto máximo do fenômeno ocorre normalmente durante o verão.

 

O El Niño 2015/2016 já enfraqueceu e vai continuar perdendo força no decorrer do outono de 2016, mas entra para a história climática do planeta Terra como um três El Niño mais fortes já monitorados pelos meteorologistas.

 

Compare o mapa de anomalia (diferença em relação à media) da temperatura da água do mar no Pacífico Equatorial no começo de novembro de 2015 com a situação da primeira semana de março de 2016.

 

 

 

A anomalia na região Niño 3.4 está menor março. Repare que o tom do vermelho na região central está menos  forte e note também o aumento da mancha azul (água com temperatura abaixo do normal) na porção de mar abaixo da região do El Niño.

 

 

 

O enfraquecimento do El Niño significa que as águas do oceano Pacífico Equatorial entre a América do Sul , a Indonésia e a Austrália estão pouco a pouco esfriando, ou voltando ao seu padrão de temperatura normal. Lembrando que o El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal da água do mar nesta região do Pacífico.

 

Índice ONI: a força do El Niño

 

O Índice ONI (Oceanic Nino Index) é como um medidor da força do fenômeno. É forma mais correta para acompanhar, avaliar e prever os eventos El Niño – Oscilação Sul.

 

O cálculo deste índice considera avaliações regulares de vários fatores como a pressão atmosférica, o nível do mar, etc, e também cinco médias trimestrais móveis da anomalia da temperatura da água do mar na região Niño 3.4. 

 

O El Niño 2015/2016 foi comparado desde o início ao El Niño de 1997/1998, o mais intenso já observado pela ciência moderna. O ONI do El Niño 1997/1998 atingiu +2,3°C nos trimestres outubro-novembro-dezembro (OND) e novembro-dezembro-janeiro (NDJ).

 

A tabela mostra a comparação entre os índices ONI dos El Niño 1997/1998, do de 1982/1983 e o de 2015/2016.

 

 

 

Quando o El Niño vai terminar?

 

O El Niño 2015/2016 já passou por seu ponto máximo e vai continuar enfraquecendo no decorrer do outono.

 

O gráfico mostra a probabilidade de ocorrência do fenômeno El Niño (barras vermelhas), a probabilidade de uma situação de neutralidade (nem El Niño e nem La Niña – barras verdes) e de ocorrência de La Niña (barras azuis).

 

 

 

 

Os principais centros de monitoramento e previsão de clima e de fenômenos globais concordam que até o fim do outono estaremos numa situação de neutralidade das águas do Pacífico Equatorial. Mas no começo do outono, a probabilidade mais alta é de permanência do El Niño ( barras vermelhas são maiores que as azuis e as verdes).

 

A probabilidade de continuidade do El Niño decai muito durante o trimestre (AMJ) centrado em maio. Note que a barra verde (neutralidade) aumenta de tamanho neste trimestre e predomina nos trimestres seguintes até agosto, mas ao mesmo tempo a probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña (barra azul) vai aumentando.

 

A mais recente análise da NOAA, dos Estados Unidos, de 7 de março de 2016, antecipou a possibilidade de um evento La Niña. Houve um aumento da probabilidade La Niña (barra azul) já para o fim da primavera. O fenômeno La Niña é o esfriamento anormal das águas do oceano Pacífico Equatorial, na mesma região onde ocorre o El Niño.  O fenômeno altera o padrão de chuva e de temperatura em diversas regiões do planeta.

 

A probabilidade do verão 2016/2017 ser sob influência de La Niña vem ganhando cada vez mais força. Se de fato for assim, o próximo verão será completamente diferente do atual. A La Niña facilita, por exemplo, a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZACAS).

 

Mas o que já se pode dizer é que o inverno de 2016 deve ocorrer numa situação de neutralidade no oceano Pacífico Equatorial, sem El Niño e sem La Niña. Um inverno com características próximas do padrão médio normal.

 

Fonte: Climatempo

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