Sacolas contendo centenas de cordões, anéis, pulseiras e alianças de ouro e dezenas de pedras preciosas, roubadas durante um assalto a uma oriversaria na sede de Domingos Martins, foram encontradas por agentes da 6ª Companhia de Polícia Militar em poder do marteleteiro Antônio Nizio Martins Vieira, 57 anos.
Junto às jóias e pedras preciosas, os agentes encontraram um revólver com o número raspado e várias munições. A arma, semelhante às utilizadas pela corporação, conforme a PM pode ser de propriedade do órgão público do Estado. Antônio Nízio é terceiro suspeito do assalto à oriversaria que funciona num prédio em Campinho.
Ele foi preso na casa onde mora no Bairro Tubarão, na Serra. Para chegar ao local, a PM deteve uma filha do acusado. Os dois outros suspeitos do assalto são Valmir dos Santos Brito, 26 e Wesley Rosa, 25, que já estão presos no setor carcerário de Domingos Martins. Os três teriam participado da ação.
Contudo, segundo a PM, o mentor intelectual e articulador do assalto teria sido Antônio Nizio. Ele teria ido à oriversaria alguns dias antes do assalto para encomendar um par de alianças. O procedimento ardiloso facilitou o ingresso dos assaltantes ao setor de produção das jóias da ourivesaria localizada no centro de Campinho.
A ação durou cerca de dez minutos e os ladrões portando armas ameaçaram de morte os profissionais joalheiros da cidade, após tê-los imobilizado com fitas adesivas. Agentes da 6ª Companhia de Polícia Militar de Domingos Martins investigam o crime desde o dia do acontecimento.
Os dois suspeitos Valmir e Wesley foram presos uma semana após o assalto. Já Antônio Nizio foi encontrado na noite da última sexta-feira. Após duas semanas de investigação, os PMs chegaram à casa de uma filha do suspeito. Segundo o comando da corporação, de posse de um mandado de busca e apreensão expedido pela juíza da comarca de Domingos Martins, Mônica da Silva Martins, os agentes realizaram a prisão do acusado.
Após o assalto, a quadrilha fugiu no Fiat Palio MRL 0438, de Cariacica, que dias após foi apreendido pela PM. Valmir Brito é o proprietário do veículo. No dia do crime, a quadrilha desembarcou do Fiat, numa rua próxima da ourivesaria, e após praticar o assalto fugiu pelo principal acesso da cidade.
O assalto em Campinho mobilizou na ocasião a população local. Os bandidos deram uma demonstração de muita ousadia. O casal proprietário da pequena fábrica de jóias e o filho ficaram traumatizados com a situação de terror vivida durante a ação. Na ocasião, não foi divulgado pela família do ourives o total dos prejuízos.
O assalto aconteceu em 25 de fevereiro, enquanto J.O., 55 anos, L.S. 50 e H.O.S., 20, trabalhavam no imóvel familiar, fabricando jóias. Os três bandidos invadiram a casa. No momento do crime a quadrilha esbanjou terror antes de fugir de Domingos Martins em direção a Rodovia BR-262, seguido pelo centro e trafegando normalmente com o Fiat Palio.
Para assaltar, os bandidos entraram pela porta da entrada do prédio onde funciona o estabelecimento, que é mantida fechada. O ingresso á casa foi facilitado pelo ardil proposto por Antônio Nizio que dias antes teria encomendado um par de alianças.
* Fonte: Folha Vitória