* Por Leandro Fidelis
Moradores que defenderam a camisa do Rio Branco no passado do clube de Venda Nova vão tirar a velha chuteira de casa neste sábado (28) para uma partida história. O jogo entre veteranos será às 15h, durante a reinauguração do estádio no centro da cidade.
O Rio Branco estará completando 63 anos neste dia. A programação conta ainda com outros jogos e com a apresentação para a comunidade do novo gramado, da arquibancada, dos banheiros e do vestiário, além das reformas da sede social.
Para o momento saudosista, são aguardadas as presenças de ex-jogadores com Osíris Piassi, Gil Cola, Tirso Altoé que passaram pelo clube nas décadas de 50, 60 e 70. Vamos ter jogadores de 40 a 80 anos disputando entre eles mesmos para matar a saudade, destaca César Machado, diretor do Rio Branco.
O produtor rural Tirso Altoé, 69 anos, jogou mais de 30 pelo tricolor vendanovense. Nunca esqueço quando eu e meu irmão César passamos o trator para nivelar o campo em 1951, conta.
Tirso está preparado para o jogo deste sábado e reconhece que era um perna de pau. Não tinha uma posição fixa, mas nunca fui goleiro. Era um tremendo perna de pau, não nego.
Outro produtor, José Altoé Sobrinho, de 72, só vai assistir à disputa. Ele diz que até hoje não se viu um time como o da sua época de Rio Branco. A gente trabalhava na roça e jogava bola. Tinha vez que estávamos cansados e mesmo assim voltávamos para a lavoura, lembra.
Sábado ao meio-dia, serão realizados jogos entre as escolinhas de futebol do Rio Branco e do Caxias (Conceição do Castelo). Logo após será o entre veteranos. Às 16h30, será a solenidade oficial, com a presença da diretoria do clube e autoridades. Às 17h está marcado um amistoso entre equipes da Sede e do interior.
Obras
Além das novas instalações, o clube conta agora com 18 pontos comerciais, que alugados, vão ajudar na manutenção do clube. De acordo com César Machado, presidente do Rio Branco, todas as salas já estão alugadas a R$ 207,00 cada e a renda, além de outras despesas vai bancar um funcionário para serviços gerais.
As obras do Rio Branco aconteceram graças aos recursos que recebeu da Prefeitura em virtude da desapropriação de uma área frontal e outra lateral. As áreas dão lugar ao passeio público antes inexistente. O repasse foi de R$ 500 mil e o custo da obra deve chegar a R$ 480 mil.
César justifica o custo ao exemplificar a extensão da obra. Só de arquibancada foram 500 metros de obra, mais 470m com as lojas, além do gramado, vestiário, banheiro e outros.
Com as melhorias, o projeto do Rio Branco é se preparar para competir do Capixaba de 2009. Na avaliação de César, a atual estrutura permitirá a participação e atrairá patrocínios. Para ele, a maior vantagem do retorno ao profissional é estimular as crianças e adolescentes a permanecerem na escolinha.
De acordo com o presidente, na época do profissional, eram cerca de 250 crianças. Hoje, o clube mantém em torno de 90. Ele explica que a maior dificuldade é mantê-las depois dos 15 anos. A partir desta idade é preciso ter alguma expectativa de ingressar no profissional. Muitos partem para o consumo de álcool e esquecem os preceitos éticos da escolinha (Fonte: Folha da Terra).