Hospital inicia novo cadastro a partir de 1º de outubro

* Leandro Fidelis

(leandro@radiofmz.com.br)

No próximo dia 1º de outubro (quinta-feira), o cadastro com mais de 80 mil usuários do Hospital Padre Máximo- HPM, de Venda Nova, será substituído. É que a partir desta data entrará em funcionamento o novo sistema de informação, que promete armazenar com mais segurança os dados da instituição. Será o fim das fichas de papel e o começo da era das fichas digitais.

O hospital quer evitar falhas nos dados dos pacientes. Para iniciar o novo cadastro, a recepção vai exigir Carteira de Identidade, ou CPF e certidões de nascimento ou casamento. “Atualmente temos o mesmo paciente com o nome escrito de formas diferentes. É a vida dele que ficará arquivada. Daqui a 50 anos, se ele precisar da sua ficha, ela constará de todas as informações sem erros”, afirma Eunice Caliman, gerente-geral do hospital. As fichas antigas continuarão arquivadas.

A equipe do hospital foi treinada durante o mês de setembro para utilizar o novo sistema. Na noite de 30 de setembro para 1º de outubro e nos dias seguintes, funcionários e técnicos da empresa de informática responsável pela reinformatização vão ficar de plantão para verificar problemas. A margem de erro prevista é zero.

Além de garantir precisão nas informações cadastradas, o sistema também emitirá os custos operacionais de cada setor. “Essa mudança vem para renovar e melhorar o cadastro. Muitos pacientes foram cadastrados com informações erradas. Os usuários devem ter paciência, porque não podemos aceitar falta de documento”, ressalta Jorge Nodari, presidente do HPM.

O lavrador Sebastião José Nunes, de 68 anos, diz que sempre anda com os documentos quando precisa de atendimento. “A identificação diferencia um criminoso de alguém de bem. Acho certo exigir documento no hospital.”

“Em qualquer lugar eu ando com identidade. É obrigação da pessoa”, completa a estudante Cláudia Maçald Mendes, 19.

Regionalização

A transição do sistema de dados é a primeira etapa do processo de regionalização estadual envolvendo o Hospital Padre Máximo. O hospital deve se tornar referência em traumatologia, se interligando com outras dez instituições capixabas. A prioridade da rede unificada é informar em tempo hábil a disponibilidade de vagas. Um dos servidores será o banco de dados que, interligado ao servidor do Governo, informará ao HPM quando houver vagas em outros hospitais. Com isso, pacientes podem ser remanejados em caso de falta de leitos.

A partir da próxima semana, uma equipe do governo fará um levantamento em Venda Nova dos custos das adaptações para incluir o hospital na rede.

Custo alto com transferências

Uma transferência de Venda Nova para Vitória custa em torno de R$ 900,00. De janeiro até agosto deste ano, o Hospital Padre Máximo realizou 62 transferências na UTI Móvel, um gasto de quase R$ 60 mil.

Na UTI Móvel, é obrigatória a presença de um médico e de um técnico de enfermagem. Além do custo para manter a equipe médica, é alta a manutenção dos equipamentos que mantém o paciente estável até a chegada ao hospital e com a medicação usada durante a remoção.

“A UTI foi doada pela Associação Festa da Polenta, mas tem um custo muito alto para nós. É um serviço que o hospital oferece e, infelizmente, muitas pessoas não retornam para agradecer. Precisamos conscientizar os usuários do custo desse serviço”, atesta a gerente-geral do HPM, Eunice Caliman.

Além da UTI Móvel, o hospital dispõe de duas ambulâncias que fazem remoção para os hospitais do Estado.

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