Pronova comemora 8 anos de cooperativismo

O dia 3 de abril representa um momento especial para a Pronova. Nesse mesmo dia, no ano de 2004, a entidade, com sede em Venda Nova do Imigrante, tornou-se a Cooperativa dos Cafeicultores das Montanhas Capixabas, conhecida pela organização e trabalho com a qualidade do café e respeitada na cafeicultura nacional e internacional.

 

Nessa segunda-feira (02), diretoria, Conselho Fiscal, funcionários e cooperados membros do Comitê de Produtores anteciparam a comemoração após a reunião desses no Salão Paroquial. Todos fizeram uma roda para enaltecer as ações da cooperativa e fazer uma oração em agradecimento à participação de cada um nesses oito anos.

 

Em seguida, um bolo com a logomarca da Pronova foi repartido entre os presentes em clima de muita alegria.

A história

 

A Pronova foi criada em 1989, como Associação de Produtores de Venda Nova do Imigrante, oferecendo aos associados serviços de orientação técnica e de acompanhamento da produção do café, classificação e degustação, informações de mercado, cotação das principais bolsas de mercado e uma pequena estrutura de comercialização

 

Em 1998, foi lançado um projeto que deu grande impulso à produção de café nas montanhas do Estado: o Programa de Sustentabilidade para o Café das Montanhas do Espírito Santo. O projeto teve como objetivo promover uma agricultura sustentável para a região de montanhas, mapeando as áreas produtoras, traçando um perfil da qualidade do café nela produzido e promovendo a melhoria da qualidade do produto.

 

Em 2004, a Pronova tornou-se Cooperativa dos Cafeicultores das Montanhas do Espírito Santo e juntamente com o trabalho de melhoria da qualidade do café, continuou sua busca para fazer da cafeicultura da região de montanha do Espírito Santo uma atividade sustentável, proporcionando a obtenção de melhores resultados para os produtores cooperados.

 

Hoje a cooperativa possui em seu quadro social aproximadamente 229 agricultores de 13 municípios e já se consolidou como a principal interlocutora da cafeicultura da região, realizando um constante trabalho de sensibilização dos cafeicultores da necessidade de produzir o café de forma sustentável.

 

Para isso, buscou a adoção de processos eficientes e transparentes, com responsabilidade ambiental e social, não só na produção, mas também no processamento e comercialização desses grãos, já que compradores e consumidores estão preocupados, além da qualidade do café que consomem, com um conjunto de fatores que envolvem a produção de um café economicamente viável, socialmente justo e ecologicamente correto.

 

Um salto importante para que esses objetivos fossem alcançados pela Pronova, foi a conquista, em dezembro de 2005, do Selo do Comércio Justo (Fairtrade), ou seja, da Certificação junto à FLO-CERT, uma das certificações mais importantes em nível de agricultura familiar, já que envolve pequenos produtores e trabalha critérios de desenvolvimento econômico, social e ambiental para a produção agrícola das pequenas propriedades, garantindo um preço mínimo para o café produzido dessa forma.

 

A principal meta na conquista deste certificado foi de valorizar a produção do café sustentável e de aproximar o pequeno produtor de um mercado diferenciado, assegurando aos compradores um produto de qualidade que atenda a critérios sócio-ambientais e ao produtor, um preço justo e valorizado do seu produto.

 

Através da certificação Fairtrade, a Pronova passou a oferecer a seus cooperados oportunidades para mercados diferenciados para a comercialização de seu café, uma vez que a certificação torna o produto reconhecido internacionalmente como sustentável do ponto de vista social, ambiental e econômico, com maior valor agregado, deixando de ser uma simples commodity.

 

Assim, a cooperativa passou a comercializar parte do café de seus cooperados através do Mercado Justo- Fairtrade. No período de janeiro/2007 a fevereiro/2011 foram comercializadas para França, Inglaterra, EUA e outros países, aproximadamente 15.000 sacas de café arábica certificado, agregando um valor de aproximadamente R$ 190.000,00 de prêmio, beneficiando mais de 150 produtores cooperados e a própria cooperativa, gerando estabilidade e desenvolvimento.

 

Em 2009, foi criado o Comitê de Produtores, com o objetivo de mobilizar produtores de diversas comunidades, sendo que cada uma delas tem seu representante no Comitê. dessa forma, a comunicação entre essas comunidades ficou mais fácil, pois o representante participa das reuniões e leva aos outros produtores o que foi discutido na ocasião.

 

Sendo assim, a composição do Comitê de Produtores da Pronova foi um importante passo para o início da formação de lideranças comunitárias, para a ampliação da comunicação entre a cooperativa e seus cooperados e para ampliação do processo de tomada de decisão de forma compartilhada.

 

A Pronova também coordena, no Espírito Santo, o Prêmio Qualidade Real Café- Cafuso- UCC. A união entre uma grande Torrefadora Nacional Capixaba (Real Café) e a maior empresa Torrefadora e Exportadora do Japão (UCC-UESCHIMA COFFEE CO.,LTDA), em parceria com a Pronova, trouxe reconhecimento ao trabalho dos cafeicultores dessa região, valorizando a qualidade do café produzido e tornando-se um grande instrumento divulgador da cafeicultura da região de montanhas do nosso estado.

 

E em 2011, a Pronova começou a escrever mais um capítulo da sua história com o anúncio da construção da nova sede, prevista para ser inaugurada até o fim deste ano. O investimento, de pouco mais de R$ 2 milhões, conta com R$ 1,64 milhão de recursos angariados junto ao Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo- BNDES via linha de ação para o Desenvolvimento Regional Sustentável do Banco Brasil, mais recursos próprios.

 

Para a sua construção, a cooperativa adquiriu um terreno de 30 mil metros quadrados no quilômetro 4,5 da rodovia estadual ES-166, que liga Venda Nova a Castelo, no Sul do Estado. O investimento de R$ 600 mil será quitado em um prazo de cinco anos, sendo que 40% desse valor já foram pagos. A Prefeitura de Venda Nova já concluiu a terraplanagem do terreno. Com a nova sede, a Pronova quer contar com uma estrutura adequada para armazenar e rebeneficiar café e também para o setor administrativo. 

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