Produtores de café das Montanhas capixabas são premiados em concursos de qualidade

Em um ano festivo para a cafeicultura capixaba, onde foi quebrado mais uma vez o recorde de produção e se comemorou o centenário do café conilon no Estado, as regiões Centro-Serrana e Sul Caparaó premiaram os agricultores que produziram com qualidade e com sustentabilidade. Na última sexta-feira (14) e sábado (15), foi a vez dos municípios de Ibatiba, Brejetuba e Castelo prestarem homenagem aos produtores.

 

De acordo com o presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, esses concursos são importantes para incentivar os agricultores familiares a investir na qualidade da produção. “Atualmente, é fundamental que os produtores capixabas utilizem as práticas adequadas de cultivo, colheita e pós-colheita, com o intuito de alcançar melhor rentabilidade na atividade. O mercado está cada dia mais exigente, e é preciso alcançar os consumidores que estão dispostos a pagar mais por um produto melhor”, afirma Evair.

 

Ibatiba

 

Dezoito produtores se inscreveram no primeiro concurso de qualidade de cafés do município. E o diferencial, de acordo com o responsável pelo escritório do Incaper em Ibatiba, José Clério Moratti Dalmonech, é que por ser o primeiro ano já apresentou metade das amostras como bebida mole, que é quando o café que apresenta aroma e sabor agradável, brando e adocicado.

 

Entre os premiados estão: em primeiro lugar Gilsinei Amorim Pereira, do Distrito de Cachoeira Alegre, que ganhou a quantia de R$ 7 mil; em segundo lugar Miguel Marques Faria, da localidade de Santa Maria de Cima, faturou R$ 5 mil; e em terceiro lugar Thiago Souza Pereira, também de Cachoeira Alegre, que levou o valor de R$ 3 mil.

 

Brejetuba

 

O produtor rural Joselino Meneguetti, que possui uma propriedade na localidade de Rancho Danta, em Brejetuba, com apenas dois hectares de café em produção, foi eleito o melhor produtor de café do município e levou pra casa um cheque no valor de R$ 6 mil. Já os produtores Elias Uliana e Antônio Luiz Ambrozim ficaram com o segundo e terceiro lugar respectivamente e levaram os valores de R$ 3 mil e R$ 2 mil.

 

Os vencedores e os participantes do 4º Prêmio Café Sustentável de Brejetuba também receberam das mãos do engenheiro florestal do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Cláudio Cassa, licenças ambientais para secadores, despolpadores e piladores de café. “Brejetuba está em constante evolução na cafeicultura e essa certificação vem reconhecer ainda mais o comprometimento do cafeicultor em busca da qualidade do produto e ambiental”, avaliou.

 

O extensionista do Incaper de Brejetuba, Fabiano Tristão, frisou ainda que “a questão ambiental é fundamental, para que os produtores alcancem a produção de cafés de excelência por meio de práticas sustentáveis no cultivo do café”.

 

“Estamos felizes por esse prêmio. É o reconhecimento por todo processo que fazemos de colheita seletiva na lavoura, onde colhemos apenas os cafés maduros. Isso contribui muito para a qualidade do café produzido”, afirmou o vencedor Joselino Meneguetti.

 

Todo café dos dez primeiros colocados estão sendo comercializados para a Cooperativa dos Cafeicultores das Montanhas do Espírito Santo (Pronova) com ágio de R$ 30 a mais do que no mercado local.

 

Castelo

 

Noventa e oito cafeicultores participaram do 6º Concurso Qualidade do Café de Castelo, que engloba os cafés arábica e conilon. Na avaliação dos cafés, os produtores que passaram por uma primeira fase de classificação receberam a visita da comissão organizadora do concurso para uma nova coleta de amostras. Uma novidade nesta edição teve um número recorde de classificados com notas acima de 8,5, o que demonstra a elevação da qualidade do café do município.

 

Os produtores vencedores foram: Pedro Fim, Arlindo Tiengo e Francisco Fim, na categoria conilon, e Edgar Pires Sartori, Solimar Tomazini e José Sartori na categoria arábica. O prêmio em dinheiro foi de R$ 6 mil, R$ 4 mil e R$ 2 mil, para o primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente.

 

Todo o café dos seis primeiros colocados foi adquirido pela Bourbon Specialty Coffees, de Poços de Caldas, Minas Gerais. Sendo que o valor comercializado foi de R$ 400; R$ 380 e R$ 360 para três primeiros colocados do café conilon; e R$ 1 mil; R$ 800 e R$ 700 para os três primeiros do café arábica.

 

“Tivemos resultados muito apertados entre os vencedores o que indica que os cafés produzidos estão melhorando a cada ano”, apontou o degustador e classificador de café do município, Rondineli Sartori.

 

O café no Espírito Santo

 

A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab – para a produção de café do Estado é de 12.502 sacas de café beneficiadas, sendo 8 % superior à safra passada. O acréscimo na produção estadual se deve, sobretudo, à renovação e revigoramento do parque cafeeiro capixaba, utilizando novas bases tecnológicas. Desse total, 77,7% (9.713 mil sacas) são da espécie Conilon e 22,3% (2.789 mil sacas) da espécie arábica. A produtividade média envolvendo os dois cafés está estimada em 27,77 sacas por hectare, sendo 34,68 sacas para o café conilon e 16,40 sacas para o café arábica.

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