* Por Leandro Fidelis (às 19h)
Um engano no reconhecimento de um corpo vai parar na Justiça. Hoje à tarde, o lavrador e artesão José Batista Adriano, de 44 anos, apareceu em casa depois que a irmã e o cunhado o tinham dado como morto no IML de Vitória.
A confusão começou depois de um atropelamento na BR-262, na saída de Venda Nova para Vitória, no último dia 17. Por volta de 9h15, um caminhão que seguia para Viana atingiu um homem sem documentos que o identificassem.
Ao ver a reportagem exibida pela TV Gazeta Sul, a irmã de José pensou ser ele por causa do chinelo próximo ao corpo. Quarta-feira da semana passada, ela e o marido foram até o IML e reconheceram o corpo como sendo do lavrador. No dia seguinte, houve o sepultamento em Itaoca Pedra, município de Cachoeiro, e o casal apresentou a certidão de óbito na Delegacia de Venda Nova.
Hoje, José Batista apareceu em casa para surpresa da família. Desde a separação da mulher, ele vivia com os pais em Itaoca e está habituado a ficar até três meses fora para vender artesanato. Só não contava de oficialmente estar morto.
Agora, a chefia do IML iniciou um processo judicial para o lavrador mudar sua condição civil. A irmã e o cunhado vão prestar depoimento amanhã na Delegacia de Venda Nova.
Segundo a delegada Maria Elisabete Zanoli, o IML deve fazer a exumação do corpo para recolher material para exame de DNA. Ela se diz intrigada com o caso. O rosto estava perfeito e mesmo assim o casal pensou ser o lavrador. Creio que não agiram de má fé, apesar do engano.