Por Leandro Fidelis
O corpo da cabeleireira Orlende Maria Darós, a Êda, de 48 anos, foi enterrado ontem, no Cemitério de Maruípe, em Vitória, junto com um mistério. Ele foi encontrado na última quarta-feira (12) na rua principal de uma localidade conhecida como Boca do Mato, em Novo Brasil, Cariacica, amarrado e com marca de tiros.
Apesar de ser natural de Alfredo Chaves, Êda viveu muitos anos em Venda Nova. Seus pais, Euclides Darós (72) e Ana Maria Debola (73), estão na cidade há 31 anos. A família está chocada.
De acordo com a mãe da vítima, Êda desapareceu após participar de um culto na Igreja Deus é Amor, em Vitória, por volta das 15h de quarta-feira. Na sexta, a irmã Aparecida teria estranhado a ausência dela na Kitnet encima de sua casa, no bairro Santo Antônio.
Cida ligou para Rita, outra irmã de Vitória, comunicando o desaparecimento de Êda. As duas chegaram a ligar para a mãe em Venda Nova para certificar se a cabeleireira estava na cidade.
No sábado, Cida e Rita foram até o Instituto Médico Legal- IML e reconheceram o corpo da irmã. Havia marcas de tiros na cabeça e no peito e sinais de violência sexual.
Mistério
Os motivos que levaram à morte de Êda ainda são mistério. A reportagem da FMZ tentou contato com Cida para saber como andam as investigações, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria no início da tarde.
Êda deixou uma filha de 19 anos fruto do casamento com um chinês que conheceu em Vitória. Ela viveu dez anos em Taiwan (China) onde nasceu Yhashin. Segundo familiares, desde que a moça foi viver com o pai naquele país, há seis meses, a cabeleireira alugou a casa em Santo Antônio, passando a morar na kitnet da irmã.
Desde então o que ela fazia era ler a Bíblia e ir à igreja, relata a mãe, Ana Maria Debola. De acordo com a aposentada, com o envolvimento cada vez maior com a religião, Êda vinha pouco a Venda Nova. Ela era a filha mais velha de cinco irmãos.