* Leandro Fidelis

(leandro@radiofmz.com.br)

A ideia de que os idosos são sedentários está caindo por terra em Venda Nova do Imigrante. Os frequentadores do Projeto “Conviver”, mantido pela Secretaria de Ação Social da Prefeitura, viraram alunos assíduos da hidroterapia graças a um programa em parceria com a Academia Performance. Os “vovôs” e “vovós” da cidade estão aumentando a saúde e a autoestima desde que começaram a se exercitar.

Venda Nova é um dos únicos municípios do Estado com projeto nessa área. Atualmente, o projeto conta com 193 idosos acima de 60 anos. As aulas de hidroterapia começaram em abril passado, e os frequentadores não pagam nada para fazê-las. Os dois dias da semana de atividades dentro da piscina são momentos preciosos de integração, lazer e diversão.

“Eles nunca faltam, vêm até debaixo de chuva. Quando falo que não vai ter aula, é briga na certa”, diz o professor Artur Mistura, que faz uma avaliação dos alunos desde o primeiro dia de aula. Uma prova de que saúde não tem idade é que o mais velho frequentador tem 88 anos.

Um pré-requisito é a consulta médica, fundamental para o professor dividir as turmas entre cardíacos, hipertensos e diabéticos. A cada seis meses, os idosos são submetidos a testes de flexibilidade, pressão arterial e controle de peso.

Os depoimentos são dos mais variados, mas, segundo Mistura, os mais recorrentes dizem respeito à diminuição do consumo de medicamentos depois do início da hidroterapia.

A aposentada Luzia Deriz Tonete, de 66 anos, melhorou as cãimbras. “Tinha muita dor na perna, nos braços, agora não tenho mais.”

Já Julio Pereira Berud, de 62, hoje toma menos remédio para hipertensão. “Depois que comecei a fazer hidroterapia, está sendo muito bom pra mim”, conta ele, sempre acompanhado da mulher.

Uma das mais animadas é Maria Pereira de Aguiar, 63. Ela sai da hidroterapia direto para o jogo de bocha. “Não perco a hidroterapia. Adoro isso aqui.”

Dois mil e nove foi um ano de experiência do projeto de hidroterapia. Em fevereiro, a Secretaria Municipal de Ação Social fará outro levantamento para avaliar as mudanças provocadas pela atividade física nos idosos do “Conviver”.