Acusado de crime vai a julgamento em Marechal Floriano

* Por Leandro Fidelis

Nesta semana, a Justiça de Marechal Floriano, Região Serrana do Estado, dará início ao julgamento dos acusados da morte do vendedor de carros Marcos Vinícius Barboza, 44 anos, ocorrido no dia 8 de abril de 2004, naquele município.

O primeiro a sentar no banco dos réus será Greiçon Correia, um dos denunciados por intermediar a execução do crime, na próxima terça-feira (24). Já o julgamento da viúva de Marcos Vinícius, a dona de casa Renata Belo Moreira, 37, acusada de ser a mandante do crime, ainda não tem data prevista.

A sessão vai começar às 8h30 no Fórum de Marechal Floriano. Os trabalhos serão coordenados pela juíza de direito Cristina Eller. O promotor de Justiça Hermes Zanetti Júnior ficará à frente da acusação.

A assessoria da juíza não soube informar quem é o advogado de defesa de Greiçon, já que durante o processo houve trocas. No dia do julgamento outro advogado pode assumir a defesa do réu sob procuração.

Renata Belo Moreira é a única filha do Conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo, Mário Moreira. A dona de casa vai a júri popular. Tanto a juíza quanto o promotor participavam de um curso nesta sexta-feira (20) e não foram localizados para dar mais esclarecimentos.

Outro acusado do crime é José Luís Soares. No dia 8 de abril de 2004, ele e Greiçon supostamente teriam seqüestrado Marcos Vinícius Barboza em um posto de gasolina às margens da rodovia BR-262 em Marechal Floriano.

O vendedor de carros foi encontrado degolado e o queimado da cintura para baixo numa estrada de chão que liga a localidade de Vitor Hugo a Alto Paraju, em Marechal Floriano.

Dezoito dias depois, a mulher da vítima confessou ao delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ter pago R$ 4,5 mil a quatro homens para assassinar o marido durante uma viagem que a família faria no feriado da Semana Santa em Manhuaçu (MG). Na ocasião, ela alegou que estava “cansada de apanhar do marido”.

O casal morava na Praia do Canto em Vitória e tem um filho hoje com 11 anos. Marcos trabalhava na concessionária de carros Autovil, revendedora da GM.

Entenda o caso

8 de abril de 2004– O vendedor de carros Marcos Vinícius Barboza, 44 anos, foi seqüestrado, degolado e queimado em Marechal Floriano, Região Serrana do Estado.

– O seqüestro ocorreu às 20 horas, no km 47 da BR-262. Marcos seguia viagem de carro com a família para a casa da mãe dele em Manhuaçu, Minas Gerais onde passaria o feriado de Páscoa, quando foi abordado por dois homens ao para no posto de combustíveis Venturini para que a mulher e o filho fossem ao banheiro. Durante a viagem, o filho do casal, na época com 7 anos, chegou a alertar o pai sobre um carro que supostamente estaria seguindo a família.

9 de abril de 2004– Às 6h20 o corpo de Marcos é encontrado por um morador da região numa estrada de chão que liga a localidade de Vitor Hugo a Alto Paraju, em Marechal Floriano. O vendedor tinha dois cortes profundos no pescoço e foi queimado da cintura para baixo.

24 de abril de 2004– Renata Belo Moreira e outros dois acusados, José Luís Soares e Greiçon Correia, são presos. Dois dias depois ela assume ser a mandante do crime e que pagou R$ 4,5 mil pelo serviço. Ela teria dito que sofria constantes agressões físicas do marido e que na terça-feira antes do crime chegou a ser espancada em público na Rua da Lama, em Jardim da Penha, Vitória.

21 de maio de 2007– O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) manteve a decisão de mandar a júri popular a viúva de Marcos Vinícius Barboza.

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