Acusado de matar genro de conselheiro do TC será julgado nesta terça em Marechal

* Por Leandro Fidelis

Durante o julgamento do Caso Marcos Vinícius Barboza, que começa nesta terça-feira (24), às 8h30, no Fórum de Marechal Floriano, a defesa de Greiçon Correia, um dos acusados de participação na morte do vendedor de carros em 2004, vai sustentar que o réu entrou no processo injustamente. O crime foi em 8 de abril daquele ano.

Ele é o primeiro dos três acusados a ser julgado. Além dele, aguardam condenação José Luís Soares e a mulher da vítima, a dona de casa Renata Belo Moreira, filha única do conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo, Mário Moreira. Ela seria a mandante do crime marcado por seqüestro seguido de morte brutal em uma estrada de chão no interior do município. A Justiça ainda não marcou esses julgamentos.

A sessão será coordenada pela juíza Cristina Eller. O promotor de Justiça Hermes Zanetti Júnior ficará à frente da acusação.

De acordo com o advogado de defesa Marco Antônio Gomes, na noite anterior ao assassinato o motorista Greiçon estaria voltando de uma viagem de ônibus com turistas de Vitória (ES) ao Parque do Caraça, em Santa Bárbara (MG). Em Marechal Floriano, outro veículo teria batido na traseira do ônibus que conduzia. O motorista que vinha atrás morreu. Isto teria obrigado Greiçon a ficar na cidade, já que a carteira de habilitação ficou apreendida na Delegacia.

Greiçon conhecia Marcos Vinícius porque teria prestado serviços mecânicos à vítima. Ao ser acusado de intermediar a morte do vendedor de carros, o outro suspeito, José Luís Soares, que mantinha um caso com Renata, apontou Greiçon com um dos autores do crime.

“O processo pesa sete quilos e oitocentos gramas e só uma folha cita o Greiçon. Pedi à Justiça para aplicar o detector de mentiras para provar a inocência do meu cliente e isto consta nos autos”, declarou o advogado Marco Antônio, que atuará ao lado do filho Michel Ângelo de Jesus Gomes na defesa de Greiçon.

Greiçon Correia ficou dois anos preso e há dois aguarda em liberdade o julgamento.

O promotor de Justiça Hermes Zanetti Júnior preferiu manter sigilo sobre o argumento da acusação que apresentará nesta terça para não causar tumultos. Ainda segundo ele, o julgamento de Renata Belo Moreira está em recurso e depende de decisão do Tribunal de Justiça para acontecer.

Entenda o caso

8 de abril de 2004– O vendedor de carros Marcos Vinícius Barboza, 44 anos, foi seqüestrado, degolado e queimado em Marechal Floriano, Região Serrana do Estado.

– O seqüestro ocorreu às 20 horas, no km 47 da BR-262. Marcos seguia viagem de carro com a família para a casa da mãe dele em Manhuaçu, Minas Gerais onde passaria o feriado de Páscoa, quando foi abordado por dois homens ao para no posto de combustíveis Venturini para que a mulher e o filho fossem ao banheiro. Durante a viagem, o filho do casal, na época com 7 anos, chegou a alertar o pai sobre um carro que supostamente estaria seguindo a família.

9 de abril de 2004– Às 6h20 o corpo de Marcos é encontrado por um morador da região numa estrada de chão que liga a localidade de Vitor Hugo a Alto Paraju, em Marechal Floriano. O vendedor tinha dois cortes profundos no pescoço e foi queimado da cintura para baixo.

24 de abril de 2004– Renata Belo Moreira e outros dois acusados, José Luís Soares e Greiçon Correia, são presos. Dois dias depois ela assume ser a mandante do crime e que pagou R$ 4,5 mil pelo serviço. Ela teria dito que sofria constantes agressões físicas do marido e que na terça-feira antes do crime chegou a ser espancada em público na Rua da Lama, em Jardim da Penha, Vitória.

21 de maio de 2007– O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) manteve a decisão de mandar a júri popular a viúva de Marcos Vinícius Barboza.

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