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Adilson Andreão: a luta dá lugar ao descanso

·Por Leandro Fidelis

No mesmo dia em que aconteceu mais uma campanha de doação de medula óssea em Venda Nova, no Centro de Eventos, em vez das habituais festas, familiares e amigos velavam o corpo de Adilson Baldo Andreão, 24. Símbolo de uma ampla mobilização pela vida, o estudante morreu ontem, em Vitória.

Adilson estava internado desde domingo devido a complicações da leucemia. Segundo familiares, ele chegou andando e conversando ao Hospital Santa Rita, em Maruípe, mas sentia muita falta de ar.

O quadro se agravou e ele veio a falecer às 19h desta sexta-feira na presença dos pais e dos irmãos. “Adilson pediu que continuássemos a campanha para ajudar outras pessoas com a doença. Meu filho foi especial por fazer parte de uma causa tão nobre”, declarou emocionada a mãe do estudante, a autônoma Ângela Baldo.

O pai do estudante, o agricultor Ezaudino Andreão, conta que a vida da família mudou desde a descoberta da doença de Adilson, em maio de 2006. “Antes eu só ouvia falar de leucemia e pensava ser mais prático achar um doador compatível, já que eu e minha mulher tínhamos 50% de chance. Durante esta batalha, meu filho sempre esteve alegre e de cabeça erguida”.

A família Andreão fez o teste de compatibilidade, mas deu negativo. Nem no banco de dados nacional, com cerca de 150 mil medulas, foi encontrada uma compatível com a de Adilson.

Devido à campanha intensiva com fotos do vendanovense em cartazes, outdoors e nos meios de comunicação eletrônicos, o Hemocentro do Espírito Santo- Hemoes registrou o maior número de doadores de sua história.

O corpo de Adilson foi enterrado hoje, às 17h, no Cemitério Padre Emílio em Venda Nova.

Atraso no atendimento

A poucos metros do Polentão, no pátio da Igreja Matriz, o movimento era tranqüilo por volta das 10h30 na unidade móvel do Hemoes. Os voluntários de Venda Nova que ajudaram no cadastro de doadores reclamaram do atraso de 2 horas da equipe do hemocentro.

“Muitos moradores chegaram cedo e não puderam esperar por causa do trabalho. Isto é um desrespeito”, afirmou Graciele Pagio, amiga da família.

Na primeira campanha na cidade, dia 5 de outubro, cerca de 3.000 pessoas se dispuseram a doar. Destes, apenas 500 conseguiram, já que não havia estrutura suficiente para atendimento, segundo constataram os voluntários.

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