O Grupo Fênix de Aeromodelismo vai promover no próximo final de semana, dias 12 e 13, o 3º Encontro de Aeromodelismo de Afonso Cláudio. O evento será no Empoçado, perto da Escola Agrícola, e pretende reunir cerca de 40 pilotos do Espírito Santo e de outros estados. O encontro é aberto ao público e conta com estrutura de bar.
Em Afonso Cláudio, sete apaixonados criaram o clube e mantém o esporte, que eles asseguram ser menos elitista do que possa parecer. A atividade, ainda desconhecida pela maioria das pessoas, exige um certo investimento. De acordo com Anderson Souza de Sá, presidente do Clube, um avião completo custa em torno de R$ 1.500,00 e a manutenção em média R$ 50,00, incluindo o combustível especial. O vôo livre, por exemplo, custa muito mais, compara.
Em quatro anos de dedicação ao aeromodelismo, o supervisor de vendas de uma marca de moto, acumula sete aviões. Anderson considera este um bom investimento e diz que cada um dos donos de aeronave mantém uma oficina. No caso dele, a esposa Mireli Basílio de Sá atua como mecânica. Ela entende de tudo, vai a pista todo final de semana, mas não voa.
Jonas Tosi, tesoureiro do Clube, aderiu ao aeromodelismo há dois anos. Ele tem duas aeronave, mas já teve três, pois acumula o troféu dado aos donos dos aviões mais avariados nos encontros. Faço um vôo básico, sem acrobacias. Ele explica que dentro da atividade há diferenciais: uns gostam de velocidade (a máquina chega a 320km/h), outros gostam de competição e, outros, de acrobacia. O loop por exemplo caracteriza-se por cambalhotas no ar: a avião gira e volta para o mesmo sentido e direção.
Para receber o público no próximo final de semana, o Clube tomará uma série de cuidados. Uma tela de proteção vai separar expectadores de pilotos. A exemplo de outras atividades ligadas ao vôo, o aeromodelismo também precisa observar o tempo. As características são as mesmas de um vôo de um avião de verdade, explica Tose.
Os vôos são coordenados por rádio controle. Dentro de 50 possíveis, cada aeronave tem uma freqüência homolagada pela Anatel. No dia da apresentação, um sala de rádio ajuda no controle e dois aviões da mesma freqüência não vão para o ar ao mesmo tempo. Esta freqüência é exclusiva do aeromodelismo e não interfere nas ondas de rádio, televisão ou rádio amador.
Brincadeira de gente grande
Com um modelo de 1,2 m de comprimento e 1,5 de largura, os dois mostram os detalhes que fazem da máquina um opcional para iniciantes e experientes. A asa do avião para iniciante fica anexa na parte superior. Assim funciona como um pára-quedas e o avião tem um plaineio maior, explicam Anderson e Jonas.
Eles garantem que apesar da graça dos modelos, o aeromodelismo não é para criança. Não é um brinquedo. É hobe de adulto. De acordo com eles, uma hélice em movimento fica imperceptível e há risco de cortes nos dedos, por exemplo.
Para pilotar um destes aviões é preciso ter Licença Operacional de Vôo, emitida pela Confederação Brasileira de Aeromodelismo. O piloto passa por testes e, se aprovado, é habilitado. O número da carteira de habilitação identifica o avião de propriedade do piloto . A partir de então, ele passa a pagar uma taxa anual que inclui seguro de até R$ 20 mil.
* Fonte: Folha da Terra