* Por Leandro Fidelis
Que valor tem um cartaz depois que a festa já passou? Para um agricultor de Monte Alegre, a 4 km de Vila Pontões, zona rural de Afonso Cláudio, trata-se de objeto digno de coleção.
Paulo Henrique de Souza, 35 anos, gosta tanto de cartazes a ponto de construir um cômodo do lado de fora da casa para guardar os quase 5.000 cartazes que juntou ao longo dos anos. Ele quer que ali seja o Museu dos Cartazes.
Solteiro, filho único e morando com os pais, ficou conhecido pelo apelido Paulinho dos Cartazes. Basta chegar à vila e perguntar que todo mundo sabe onde encontrá-lo: na rua procurando novidades afixadas nas paredes.
Os cartazes não têm grandes atrativos. O mais importante para ele é de uma banda que ninguém conhece. Paulinho passa quase diariamente nos correios pra ver se alguém mandou alguma novidade pra ele.
Muita gente ajuda minha coleção mandando os cartazes diferentes que eles encontram, conta exibindo seus cartazes como peças valiosas que não vende por preço nenhum.
Paulinho deixa a mãe de cabelo em pé. Dona Alzira, de 83 anos, só não se conforma de ver cartazes debaixo da cama. Custei a acostumar com essa mania, mas se é o que ele gosta, por que achar ruim?.
O Paulinhos dos Cartazes ficou tão conhecido que vai aparecer no Fantástico. A equipe do quadro Me Leva Brasil, com Maurício Kubrusly, fez uma matéria este mês com o personagem. A Rádio FMZ fez o contato com a produção e acompanhou a excursão pela Região Serrana.
– A cada semana publicaremos uma matéria com estes personagens curiosos das montanhas capixabas!