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Antibelicismo

Com José Côco Fontan, advogado, escritor, professor universitário da área de administração e à frente do projeto Memorial Frei Alaôr. Pelo exemplarismo homenageamos, sobre Antibelicismo, Frei Alaôr, ícone do pacifismo no Estado do Espírito Santo. Fontan aborda o assunto de acordo com seu ponto de vista. Confira:

Belicismo. Definição. Doutrina instintiva ou tendência doentia que incita a agressão, a guerra, o armamentismo e o terrorismo.

Antibelicismo. Definição. Pacificação, neutralidade, bandeira branca, transparência, trégua, paz.

Histórico. Personagem inseparável da história dessa região do Alto Castelo – ES, Frei Alaôr é paulista, de Casa Branca, veio para o Espírito Santo em 1959 para trabalhar na Fazenda do Centro, que era então a residência dos Padres Agostinianos. Naquela época os Padres Agostinianos governavam a Paróquia de Conceição do Castelo, que atingia a paróquia hoje de Venda Nova do Imigrante. Eram 47 comunidades ao todo. Frei Alaôr veio para trabalhar com capelas.

Carisma. Pelo carisma pessoal acabou tendo uma missão extra-sacerdotal. Não foi uma figura proeminente apenas na vida sacerdotal, foi de uma importância social muito grande, especificamente no pacifismo.

Pacifismo. Ele é de um tempo muito difícil, tempo da pistolagem, de conflitos familiares por posse de terra, por herança, de bandidagem, diferente da violência que temos hoje. Frei Alaôr, um homem que dedicou todo o tempo para ouvir as pessoas, confortar a alma, o espírito, os males físicos e os males morais, enfocando sempre o pacifismo.

Traços fortes. Entre os traços de personalidade de Frei Alaôr, que fizeram dele um ícone na região de montanhas do Espírito Santo, destaco a humildade. O chinelo de São Francisco ainda está mais alto que a humildade de Frei Alaôr. O total desapego a bens materiais, a generosidade: foi um homem que doou tudo o que sabia e podia com sua força espiritual, moral, doou em beneficio às comunidades. Era também um homem culto, ele discursava muito bem. Frei Alaõr é sinônimo de humildade, generosidade e sabedoria invulgar.

Qualidade de vida. Pacifismo é uma necessidade. Hoje na sociedade, a despeito de toda violência, da formação destorcida das gerações mais novas, temos que criar uma áurea de paz, que passa pela oportunidade de trabalho, pela renda, pela qualidade de vida. Ninguém está em paz com fome, com conflitos de trabalho, de terra. A necessidade da sobrevivência faz com que a gente diariamente tenha que enfrentar e administrar esses conflitos. Pacifismo, esta áurea de bem-estar, vai nos dar qualidade de vida social, principalmente.

*Publicada em 17/10/2006

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