* Leandro Fidelis
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Um grupo de 15 mulheres de Venda Nova do Imigrante se diverte revivendo os costumes de uma época remota, quando não havia celular e tampouco luz elétrica na cidade. No próximo dia 30 (sábado), às 19h30, elas promovem o “1º Baile da Lamparina", na Casa da Nonna, no "Polentão", como forma de resgatar as antigas festas na roça.
O evento é limitado para 200 pessoas. A luz elétrica está proibida. O programa inclui dança do chapéu, “tombola” (roleta de bingo), som de vinil e também de violão, sanfona, pandeiro e triângulo para relembrar os bailes de música caipira que aconteciam dentro dois paióis e tuias.
"As Meninas" prometem diversão para o próximo sábado (30). O grupo conta ao todo com 15 mulheres, mas três não puderam comparecer ao dia da foto. (*FOTO: Leandro Fidelis). |
“O brilho é nosso, por isso nada de luz elétrica no ambiente. Queremos que as pessoas saiam com os narizes pretos por causa da fumaça, igual antigamente”, brinca Valquíria Falqueto.
Os convites custam R$ 30,00 e o bar vai funcionar com bebidas e tira-gostos, que não estão inclusos no valor convite. A renda com as vendas dos ingressos será revertida para a Associação das Voluntárias Pró-Hospital Padre Máximo. Os interessados devem ligar para o telefone: (28) 3546-1470.
Segundo Vânia Delpupo, idealizadora do evento, a ideia é que os convidados voltem ao passado por algumas horas. “Quando era mais nova, não tínhamos tantas opções de divertimento em Venda Nova. Por isso, era comum a gente juntar o milho ou o café no canto da tulha, abrindo espaço pra bailar.”
‘As meninas’
As organizadoras do Baile da Lamparina se conhecem desde a infância. A maioria são primas, e se reúnem a cada 15 dias. É uma espécie de "Clube da Luluzinha", com direito a baralho e tira-gostos. O grupo foi batizado de “As Meninas”.
“Que nenhum homem ouse participar dos nossos encontros”, brinca Mônica Caliman, a “Moc".
Faz parte dessa convivência aprontar peças umas com as outras, como por exemplo "roubar" milho e galinha no quintal e depois convidar a dona pra comer, sem ela imaginar a origem da comida.
Para o Baile da Lamparina, elas prometem levar muitas manias do passado. “Vamos andar com bala de coco e chiclete Ping-Pong no bolso e estamos proibidas de dar caroço se formos chamadas para a dança”, diz Regina Lorenção.