Vila Betânea em janeiro de 1977. Foto: Aurélia Zandonadi.
Vila Betânea em outubro de 2020. Foto: Edézio Peterle
De acordo com os escritos de Máximo Zandonadi, registrados no livro “Venda Nova do Imigrante – 100 anos da colonização italiana no Sul do Espírito Santo”, nesta terça-feira, dia 20 de outubro, comemora-se 57 anos de fundação da Vila Betânea. Foi nesse dia no ano de 1963 que o senhor Gildo Gomes, trabalhador no sistema de parceria de Zandoinadi, recebeu a escritura de uma das chácaras que formavam a referida localidade.
Segundo a obra de Máximo, a urbanização da Vila Betânea foi iniciada após a retificação dos córregos Viçosa e Lavrinhas, possibilitando que a planície ficasse enxuta e saneada. Nesse processo, Máximo Zandinadi dividiu uma área de meio alqueire e fez cinco chácaras de 5 mil metros quadrados cada uma. Esses terrenos foram vendidos a preços médios ou doados a trabalhadores com a condição de que as ocupassem e nelas trabalhassem como colonos ou meeiros. A demarcação das chácaras foi realizada por um agrimensor de Castelo chamado Manoel Soares.
“4ª Chácara – Cedida a outro que trabalhava na minha propriedade de parceria, o Sr. Gildo Gomes, esposo de Zelinda Zorzal Gomes, residindo junto à sogra, D. Maria Camata Zorzal, na propriedade que hoje faz parte do Clube Recrattivo de Venda Nova. O Sr. Gildo foi o primeiro morador de Vila Betânea. Em 20 de outubro de 1963, ele foi morar numa casa de madeira construída por mim, Foi também a 20 de outubro de 1963 que o sr. Gildo recebeu a escritura da chácara, constando a área de 4.800 metros quadrados. Portanto, a data 20 de outubro de 1963 é considerada a data de fundação de Vila Betânea” (Máximo Zandonadi, 1992, p. 97).
Atualmente, a Vila Betênea é o bairro mais populoso da sede de Venda Nova, além de reunir um grande fluxo comercial e de prestação de serviços.
Com informações do livro “Venda Nova do Imigrante – 100 anos da colonização italiana no Sul do Espírito Santo”.