Barreira desliza e provoca destruição em Domingos Martins

Uma oficina de pintura de placas destruída, ruas e estradas interditadas por lamaçais, casas invadidas pela água e lama, prejuízos com a perda de eletrodomésticos e móveis, destruição em estabelecimentos comerciais, correria e muito pânico.

Este é o saldo do deslizamento de uma barreira próximo ao centro de Campinho, sede de Domingos Martins, durante um temporal na tarde desta terça-feira (31). O barranco com mais de 100 metros de altura fechou uma rua e uma estrada e destruiu vários imóveis.

O barranco caiu de um condomínio fechado, que está sendo construído em um morro próximo ao centro trazendo, além de muita lama, galhos de árvores. Moradores estão revoltados com os prejuízos.

Perda total em oficina

O pintor Sebastião Silvio Malaquias, o “Feijão”, foi uma das pessoas que mais sofreu prejuízos: o imóvel onde funcionava a oficina dele não suportou o peso da terra e da enxurrada e ruiu. Houve destruição do galpão e de várias placas já prontas para entrega, além de materiais para confecção das peças.

“Perdi também os equipamentos de trabalho, como furadeira, serra para madeira e metais, grande quantidade de parafusos, e materiais diversos da oficina”, disse Feijão, ressaltando que não sabe o que fará a partir desta data. “De repente fiquei sem nada. Perdi o que adquiri trabalhando”, afirmou.

Apesar da tristeza, o pintor estava otimista porque um funcionário estava sob o galpão e não foi atingido pela estrutura que ruiu. “O Luiz Cláudio chegou a ficar preso por alguns instantes nos escombros, mas se livrou e saiu correndo”, disse o pintor.

Barulho ensurdecedor durante deslizamento

O aposentado Itamar Lahas, assistiu a queda da barreira sobre a oficina e casas nas proximidades. Segundo ele, os moradores se desesperaram e correram para as ruas quando um barulho ensurdecedor tomou conta da Rua Carlos Germano Schwambach e da Estrada de Chapéu.

“A barreira caiu de uma vez destruindo tudo que havia na frente”, disse o aposentado, uma das pessoas que gritaram para Luiz Cláudio sair das proximidades do galpão, enquanto caía. “Vi o menino preso e não pude fazer nada. Gritei desesperadamente pedindo para ele sair dali. Veio mais terra e não o atingiu. Foi uma benção”, exclamou aliviado Lahas.

A dona de casa Marilza Lúcia Lange foi uma das que mais sofreu prejuízos com a queda do barranco. A parte frontal do prédio onde reside foi totalmente destruída pela lama em quantidade, que invadiu todos os compartimentos da casa. Uma árvore caiu sobre a parte anterior da residência quebrando tanques e lavadora de roupa. “Não sei por onde devo começar a avaliar o que perdi”, disse.

Lama invadiu ruas e estabelecimentos comerciais

Lama e muita água no interior de uma mercearia. Amigos do comerciante Amarildo Amaro de Salles , da Mercearia Comercial Amaro auxiliaram-no na limpeza do estabelecimento. Grande parte das mercadorias acondicionadas nas prateleiras precisou ser lavada. “A lama atingiu toda a loja. Pensei que ficaríamos presos”, disse o comerciante, ressaltando que não quantificou os prejuízos.

O secretário de Transportes de Domingos Martins, Ademiro Dettman, que esteve no local com máquinas retroescavadeiras afirmou que todo o transtorno e prejuízos são procedentes do condomínio fechado que está em fase inicial de construção.

“Enviei tratores para o terreno e modifiquei a direção da queda da água da chuva. Havia uma lagoa no terreno. Por pouco não acontece uma tragédia”, afirmou o secretário.

* Fonte: Folha Vitória

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