Depois de determinar suspensão no reajuste de 5,7% no preço do diesel, o presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião para esta terça-feira (16), com membros da Petrobras, para discutir o assunto.
Na última sexta-feira (12), Bolsonaro se reuniu, rapidamente, com representantes da Petrobras e ministros de estado. Assim, a estatal voltou atrás e suspendeu, temporariamente, o reajuste no preço do diesel.
Pelo Twitter, o presidente argumentou que a política dele é de mercado aberto e de não intervenção na economia. Mas mesmo assim, o reajuste foi suspenso porque ele se disse “preocupado com o percentual, num nível”, que avalia abaixo da “taxa de inflação” deste ano. Além disso, admitiu que a preocupação é, também, com os caminhoneiros. Com a decisão de Bolsonaro e o congelamento do reajuste, as ações ordinárias da Petrobras caíram 8,5%.
Após a decisão, o Ministério de Minas e Energia informou, em nota que a estatal possui autonomia para definir a política de preços de combustíveis. Isso porque no Brasil, não existe tabelamento ou fixação de preços e nem exigência de autorização prévia para os reajustes. Por isso, o ministério disse ter compromisso de não intervenção no mercado e que busca soluções adequadas para o impasse.
Também em nota, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse ter considerado legítima a preocupação do presidente Bolsonaro e, por isso, a empresa decidiu suspender o reajuste, temporariamente.