Café da manhã marca 50 anos da fundação do HPM

* Henrique Pagotto

Homenagem aos fundadores, curiosidades e histórias de luta e dificuldade do Hospital Padre Máximo- HPM marcaram o café da manhã em comemoração aos 50 anos de fundação da instituição. O evento, que foi realizado no auditório da sede das Voluntárias do Hospital, teve a participação da diretoria e funcionários, de autoridades políticas e dos fundadores que ainda estão vivos.

A diretora-geral do hospital, Eunice Caliman, abriu o evento contando a história do surgimento da instituição, que foi iniciativa de Padre Cleto Caliman, e destacou a importância dele para o município. “Ele sempre pensou no progresso de Venda Nova, mesmo não morando na cidade”.

Máximo Lorenção, que foi um dos fundadores, lembrou de como tudo teve início. “Padre Cleto convidava as pessoas, na igreja, para fazer mutirão para a construção do prédio. Um grupo pegava pedra, outra cavava os buracos. No início, os próprios moradores, como eu, davam dinheiro para manter o hospital, porque faltava recurso”.

Domingos Roberto Feitosa Perim representou os ex-presidentes do hospital. Para ele, a experiência foi um grande aprendizado. “Venda Nova sempre foi um exemplo de voluntariado. E a minha gestão à frente do hospital teve uma grande participação da comunidade. Tivemos o apoio das voluntárias, que foi muito importante. Eu aprendi muito com a comunidade e com o trabalho”, relatou.

Aliadas do hospital, as voluntárias também estavam presentes. Marlene Piazzarollo Zandonadi, tesoureira e participante do grupo desde a sua criação, falou em nome de todas. “Eu que fui funcionária do hospital sentia como o trabalho era difícil. Éramos carentes de tudo. Quando havia necessidade de doação de sangue, os próprios funcionários doavam, porque não tínhamos nem telefone para chamar doadores”, lembrou.

Em seguida, o prefeito, Dalton Perim, foi quem falou. Ele, que foi presidente do hospital durante 15 anos, destacou que é uma honra para Venda Nova ter ainda vivos, alguns fundadores do hospital, para dar aos jovens o exemplo do voluntariado. “A solidariedade é muito importante, e Venda Nova descobriu isso há 50 anos. O voluntariado contagiou toda a comunidade. Espero que os jovens dêem continuidade a isso”.

Dalton ainda contou uma curiosidade sobre a história do hospital. “Eu nasci em 59 e fui o primeiro paciente do Hospital Padre Máximo”. Ele ainda destacou o projeto de regionalização do HPM, que vai trazer muitas melhorias para a região serrana, já que a instituição se tornará referência em atendimentos de traumatologia e de doenças cardiovasculares, para uma microrregião de 12 municípios.

O último a falar foi o atual presidente, Jorge Nodari, que de forma descontraída, contou uma curiosidade sobre sua relação com o hospital. “Eu sempre vinha doar sangue de bicicleta. Certa vez, acabei desmaiando depois da doação”. E, em breve, o HPM vai ganhar reforço na estrutura. “Dentro de 30 ou 40 dias vamos receber um aparelho de tomografia, que na região Sul, só está disponível em Cachoeiro de Itapemirim”.

O Hospital Padre Máximo é hoje referência na região serrana. A estrutura abrange 50 leitos, sendo 35 dos SUS e 15 particulares, três ambulâncias, entre elas uma UTI móvel, além de 104 funcionários. Quanto ao número de atendimentos, somente em 2007 (os números de 2008 ainda estão sendo fechados) foram realizados 25.584, sendo 18.710 consultas e 1.851 internações, pelo SUS.

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