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da Família

Caso Valéria: começa julgamento dos criminosos

* Por Leandro Fidelis

Começa hoje (6), ao meio-dia, no Fórum de Venda Nova, o julgamento de Orli Betine Marques, 35, e de sua sobrinha Dinalva Marques Moura, 20, acusados do assassinato da menina Valéria Flávio de Almeida, nove, em setembro de 2004. Ocorrido na comunidade do Camargo, zona rural do município, o crime chocou a população e ganhou repercussão em todo o Estado.

O júri popular será presidido pelo juiz Evandro Alberto da Cunha, já que o titular da Comarca, Valeriano Bolzan, está de férias desde a última segunda-feira. Não há previsão de término para a sessão.

Logo no início, serão sorteados sete jurados dos 21 nomeados pela Justiça. Não haverá testemunhas. O defensor público estadual Eurico Eugênio Travaglia é o advogado de defesa de Dinalva, enquanto Durval Albert, nomeado pela Justiça, vai defender Orli.

O processo contra os acusados tem mais de 450 páginas. Tio e sobrinha estão presos e respondem por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, entre ouros crimes. A promotora Adriana Dias Paes Ristori espera pena máxima de 30 anos para o réu. O destino de Dinalva é incerto.

Mãe da vítima quer assassino preso

A ajudante de cozinha Brandina Flávio, 40, quer Orli num presídio de segurança máxima após a sentença. “Ele não pode ficar solto. O que aconteceu com minha filha pode acontecer com outra criança e até com um adulto. Se ele ficar preso em Castelo ou Conceição não vai fazer diferença”, disse à reportagem da Rádio FMZ.

Brandina disse que a família vai manter a tranqüilidade durante o julgamento, mas que não espera o mesmo dos moradores do Camargo. Poucos dias depois do assassinato, eles foram às ruas de Venda Nova pedir atenção das autoridades e reclamar da falta de policiamento na localidade.

Nos últimos dois anos, a ajudante de cozinha passou por tratamento psicológico. Além de Valéria, Brandina perdeu a filha Cátia, 21, e seu neto Kened, de cinco meses, assassinados em circunstâncias ainda desconhecidas.

Antes de voltar a trabalhar, Brandina disse que ficou seis meses sem sair de casa e sente muita saudade das filhas. Hoje ela mora na sede de Venda Nova e um pôster com a foto da mais nova ameniza a dor. “Quando a vejo, a sensação que tenho é a do toque da sua mão gordinha…”.

Criminoso matou por ódio

(Fonte: Jornal Folha da Terra)

Orli Betine Marques matou Valéria porque ela debochava dele, chamava-o de macaco e fazia gestos com o dedo. Estas foram as razões que o levaram a matar a menina que completaria 10 anos naquele setembro de 2004.

Ele falou para a sobrinha Dinalva, na época com 18, do ódio que sentia pela menina e que se a pegasse a mataria. Os dois combinaram então de Dinalva chamar Valéria e levá-la na mata na noite de sábado, dia 11.

Orli garantiu a delegada Maria Elizabete Zanoli que asfixiou Valéria logo que ficou sozinho com ela, por volta das 19h20 “Ele disse que Valéria era tão forte que levou duas horas para morrer”, declarou a delegada. Por volta das 21h ele abandonou o corpo e desceu para a vila.

Ele retornou para a mata por volta da meia-noite para enterrar o corpo. Três dias depois, ao perceber que os urubus rodavam a área, ele o desenterrou, colocou-o no saco, andou 6km até chegar na Mata Fria, onde fez nova cova.

Dois dias depois, ao perceber novamente a presença dos urubus, desenterrou mais uma vez e teve relações sexuais com o corpo. Passados mais dois dias, os urubus rondavam e ele decidiu então abrir o corpo, cortar algumas partes “para secar” e retirar as víceras. Ele queria jogar no rio, mas não o fez porque os pedaços eram grandes.

O corpo foi colocado em um saco plástico e levado para uma loca em um mata perto da caixa d’água. O plano era retornar no outro dia para cortar a cabeça e picar as carnes em pedacinhos. Mas ao retornar à comunidade, percebeu o burburinho.

No domingo, ao saber que a polícia tinha achado o corpo, Orli pensou em fugir. Os moradores tentaram linchá-lo e ele se escondeu na mata. Depois, ele foi para a casa de um parente na divisa do Alto Bananeiras com o Alto do Rio da Cobra. A Polícia o prendeu lá na terça depois de uma denúncia anônima.

* Publicada em 06/12/2006

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