* Por Leandro Fidelis
O advogado de defesa de Dinalva Marques Moura, 20, Eurico Eugênio Travaglia, não aceitou o primeiro jurado sorteado para a sessão e, depois de acordo com o juiz Evandro Alberto da Cunha, a Justiça decidiu desmembrar o julgamento dos dois acusados do assassinato da menina Valéria Flávio de Almeida.
A ré saiu do Fórum às 13h19 algemada sob escolta de policiais militares e ficará presa até segunda-feira (11), às 10 horas, quando está marcado o seu julgamento. O do lavrador Orli Betine Marques, 36, assassino confesso de Valéria, começou às 13h23 no Fórum de Venda Nova.
A promotora Adriana Dias Paes Ristori disse que este procedimento não é muito comum, mas pode acontecer quando há mais de um réu. Em seguida, o juiz sorteou os sete jurados para dar início à sessão.
Além do defensor público Durval Albert, a estagiária Conceição Aparecida Giori, estudante do último ano de direito, participa da defesa do acusado. Pela lei, estudantes de direito podem atuar no julgamento, desde que acompanhados de um advogado.
Neste momento, ocorre a leitura dos autos do processo movido pelo Ministério Público de Venda Nova. Ao contrário das expectativas, o plenário não está lotado. Parentes dos acusados, dentre eles o pai de Dinalva, acompanham a sessão.
Quanto à mãe da vítima, informações dos bastidores dão conta que a ajudante de cozinha Brandina Flávio, 40, passou mal pela manhã e não pode comparecer ao Fórum.
Durante o interrogatório do réu, Orli falou baixo e, em sua defesa, disse que não manteve relações sexuais com o cadáver da menina, como consta no processo. Foi o único pronunciamento do lavrador, que preferiu não se manifestar mais como lhe é de direito.
Nos próximos minutos, começam os debates entre a promotoria e a defesa do acusado. O julgamento não tem hora para acabar.
* Publicada em 06/12/2006