Casos de conjuntivite aumentam no verão. Saiba tratar

Óculos escuros não ajudam a prevenir e ainda podem ajudar a espalhar a doença – Foto: Reprodução/Flickr

Apesar de ser registrada durante o ano inteiro, é comum haver aumento de casos de conjuntivite no verão. Nesse período, as pessoas tendem a se aglomerar em locais como praia, clubes e parques o que facilita a transmissão. Algumas medidas ajudam a prevenir e minimizar incômodos trazidos pela doença.

O uso de colírios só deve ser feito com indicação médica – Foto: Divulgação/Sesa

A conjuntivite consiste na inflamação da conjuntiva, uma membrana transparente que recobre a esclera – a parte branca do olho. Segundo a oftalmologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) Patrícia Grativol Costa Saraiva, 70% dos registros são causados por vírus.

“Além de contato direto com a pessoa doente e com objetos contaminados, a transmissão também pode acontecer por meio da água. Alguns estudos apontaram a presença de vírus nesse ambiente, principalmente nas piscinas. Na água da praia não é tão comum”, alerta a médica.

Normalmente a conjuntivite melhora independentemente do tratamento, em torno de cinco a sete dias. “Pode ser que o quadro se estenda por até duas semanas. O que orientamos são medidas para trazer alívio aos sintomas”, explica.

Os sintomas geralmente são vermelhidão no olho, ardência, coceira, sensação de areia no olho, incômodo com claridade e secreção (pode ser mais clara ou mais amarelada), geralmente maior pela manhã. “Em alguns casos, há tanta secreção que pode até grudar o olho”, detalha Patrícia.

Compressa com água filtrada ajuda a aliviar os sintomas – Foto: Reprodução

Orientações

Nesses casos, a médica dá uma dica geral. “Orientamos os pacientes a aplicar compressa fria com algodão ou gaze utilizando água filtrada. Essa medida pode ser feita por qualquer pessoa. Já o uso de qualquer colírio deve ser feito somente sob orientação médica”, salienta.

Caso os sintomas não amenizem após sete dias, é preciso ficar atento. “Em algumas situações, a doença pode se agravar e acometer a córnea, causando perda visual (diferente do embaçamento transitório, mais comum). Quando isso acontece, o oftalmologista deve ser procurado imediatamente”, ressalta a especialista.

Cuidados

Para evitar a transmissão, é preciso adotar alguns cuidados. “Usar lenço de papel ao limpar o olho, sempre lavar as mãos com sabão e usar álcool a 70%, além de evitar dividir toalhas, roupa de cama e demais itens pessoas ajudam a diminuir o risco de propagação. A contaminação pode acontecer até duas semanas após o início dos sintomas”, lembra Patrícia.

Nesse meio tempo, é desaconselhável o uso de lentes para não irritar o olho, assim como produtos como soro fisiológico e água boricada. “Esses dois produtos incorrem no risco de terem o frasco contaminado. Além disso, apesar de possuir efeito anti-séptico, a água boricada pode acarretar certa toxicidade”, conclui. 

Perguntas e respostas

* A conjuntivite é transmitida pelo ar?

Não. Apenas por contato direto com a pessoa doente, por meio de contato com objeto contaminado (maçaneta de porta, telefone, mouse de computador) e por meio da água.

* A conjuntivite é transmitida pelo olhar.

Não.

* Óculos escuros evitam a transmissão?

Não, inclusive podem ajudar a propagá-la se o objeto for usado por outra pessoa sadia. 

* Leite materno cura conjuntivite?

Não.

* Pingar água boricada e soro fisiológico gelados no olho ajuda a curar a doença?

O ideal é usar água filtrada, mas ambos os produtos podem até ser usados em compressa gelada. Mas o problema é que seus frascos podem ser contaminados com o uso. Existem colírios (lágrimas artificiais) destinados especificamente para a lubrificação ocular.

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