A seca continua no Espírito Santo e os municípios reagem para tentar evitar maiores prejuízos. Castelo e Vargem Alta decretaram situação de emergência na última sexta-feira (30). As medidas buscam amenizar os efeitos da estiagem. Levantamento feito por órgãos competentes apontam perdas em grande parte das lavouras de café, culturas alimentares e pecuária.
De acordo com dados das secretarias municipais de Agricultura e Meio Ambiente, do Incaper, Idaf e outras entidades, as perdas nas lavouras castelenses são grandes. Os números indicam 30% de perda na fruticultura, 42% nas lavouras de café, 10% na pecuária, 60% na olericultura (cultivo de plantas e hortaliças) e 90% na produção dos demais alimentos. A estiagem já dura mais de 50 dias no município.
Dentre as ações tomadas no decreto, estão o corte de parte do orçamento destinado ao carnaval castelense e a realização de reuniões para conscientizar os moradores do município sobre a situação. Os encontros vão acontecer a partir desta semana na sede e nas comunidades do interior.
O decreto permite ao governo municipal tomar medidas para conter os danos causados pela seca. “A Prefeitura de Castelo, a partir deste momento, estará dando o apoio necessário aos produtores rurais para que possam minimizar os impactos da estiagem”, diz Eutemar Venturim, prefeito interino de Castelo.
A situação também é crítica em Vargem Alta, onde não chove há dois meses. De acordo com o prefeito, João Bosco Dias, os prejuízos na agricultura chegam a R$ 33 milhões. O município passa por problemas na captação de água. A estimativa é de que tenha havido 40% de queda no nível dos rios que abastecem a cidade.
Ainda segundo o prefeito, não falta água no município, mas medidas educativas estão sendo tomadas para evitar o desperdício. “Vamos começar uma campanha de conscientização para poupar água também nas secretarias da Prefeitura. No momento, estamos tomando medidas educativas. Se a situação piorar, vamos estudar medidas restritivas de consumo”, explica Dias.