O município de Castelo estuda adotar, nos próximos dias, medidas rígidas contra o desperdício de água. O Comitê Municipal de Gestão Hídrica se reuniu na manhã desta sexta-feira (06) para discutir um decreto a fim de criar restrições quanto ao uso de água. Castelo já decretou situação de emergência nas localidades do interior.
Durante mais de uma hora de conversa entre membros do Comitê e o prefeito, o principal assunto discutido foi a necessidade de criar um decreto que restringiria o uso de água. O documento começa a ser preparado pela Prefeitura com o objetivo de conscientizar a população da necessidade de economizar. A seca dos já causou R$ 50 milhões de prejuízos na agricultura local.
O próximo passo do Comitê será alertar a população sobre a possibilidade de faltar água na cidade para consumo humano e animal. O Comitê já prepara campanha para ser desenvolvida junto aos alunos em todas as escolas do município. Também serão inseridos avisos nos veículos de comunicação da cidade e promovidas reuniões de técnicos da área ambiental com líderes comunitários e representantes de igrejas e outras instituições.
O Comitê Municipal de Gestão Hídrica é composto por membros das secretarias municipais, vereadores e entidades, como Idaf e Incaper. O grupo se reúne semanalmente desde o mês de janeiro para propor medidas de combate aos prejuízos causados pela falta d’água. “[A situação] é muito preocupante porque, mesmo que volte a chover bastante agora, o que não é a previsão da meteorologia, há impactos principalmente no meio rural, onde lavouras inteiras foram perdidas", destaca Lúcio Cesconetti, Coordenador da Defesa Civil de Castelo e membro do Comitê.