As fortes chuvas que incidiram sobre o Estado nos últimos dias fizeram com que alguns alimentos começassem a semana com preços mais elevados na Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES). Em relação à última sexta-feira (5), por exemplo, a alface apresentou um aumento de 74%, a vagem teve alta de 57% e o tomate está 64% mais caro. Além disso, o preço do tempero verde cresceu 36% e do brócolis, 23%.
O assessor técnico da Ceasa-ES, Marcos Antônio Magnago, explica que a chuva prejudica muito as lavouras de alimentos folhosos, como a alface. O fenômeno climático fragiliza as folhas, afetando a qualidade do alimento e a produção.
Portanto, de acordo com as leis de mercado, se a oferta cai, o preço sobe. Segundo Magnago, caso o tempo se estabilize, os preços das folhosas devem voltar ao normal.
Tomate
Outro destaque foi o tomate, que na sexta (05) foi comercializado a R$ 1,55 o quilo e nesta segunda-feira (08), o produto está sendo vendido a R$ 2,55 o quilo, um aumento de 64%. Mas o valor atual, quando comparado à média de preço praticado em fevereiro deste ano, representa um aumento de 112,5%.
O assessor técnico explicou que as lavouras de tomate também são bastante prejudicadas com a chuva, que provoca a chamada mela no fruto, doença muito comum em épocas chuvosas e que acarreta em perda de parte da produção.
Entretanto, mesmo com a estiagem, o preço deve continuar pesando no bolso do consumidor, pois os altos valores do alimento também têm sofrido influência de mercados externos, como São Paulo e Rio de Janeiro, dos quais o Espírito Santo é exportador.
O tomate é o segundo produto mais comercializado na Ceasa-ES e é 100% proveniente do Estado. As principais regiões produtoras de tomate são: Alfredo Chaves, Domingos Martins e Santa Maria de Jetibá.
A maior parte da batata consumida no Estado é importada de Minas Gerais.
Batata
Mas se o preço de alguns alimentos aumenta, o de outros diminui. O valor da batata, que na semana passada havia apresentado um aumento de 113%, já foi normalizado. Nesta segunda feira (08), o quilo do produto foi comercializado a R$ 1,78.
O motivo foi a estabilização do clima em Minas Gerais, estado do qual é importado 80% da batata consumida no Espírito Santo.