Com baixo índice de vacinação, cidades do Espírito Santo entram em alerta contra sarampo e polio

O Ministério da Saúde preconiza que, ao menos 95% da população seja vacinada contra doenças como poliomielite, caxumba, sarampo e rubéola. Mas, na prática, não é o que acontece, apesar de esses imunizantes serem oferecidos pela rede pública de saúde. Um levantamento feito pelo jornal A Gazeta mostra que o baixo índice de vacinação já acendeu o sinal de alerta em 53 cidades do Espírito Santo. Muitas dessas localidades não chegaram a vacinar nem 80% das crianças. 

 

95%
é a meta de cobertura vacinal em todo o Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

 

Para dar uma ideia da gravidade da situação, Conceição da Barra vacinou apenas 51,46% das crianças contra a poliomielite, doença grave que pode gerar a paralisia infantil. Santa Leopoldina também tem um índice baixo de imunização contra a polio, atingindo apenas 53,54% do público-alvo. 

 

Nas cidades da Região Serrana do Espírito Santo, a situação não é tão extrema, mas ainda preocupante. Em Brejetuba, o índice de vacinação contra a polio é de 77,33%. Já em Afonso Cláudio, o percentual é de 77,49%.  Em Marechal Floriano, 82,33% das crianças foram vacinadas contra a polio.  Domingos Martins tem o índice de 88,16% de cobertura. Venda Nova do Imigrante vacinou 92,84% dos pequenos contra a doença. Nessas duas últimas cidades, o índice é mais alto, mas ainda assim, abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde. 

 

Sarampo

 

Mas não é apenas a polio que preocupa. Outras doenças, que parecem ter ficado no passado, também estão de volta. O sarampo, doença que tinha sido erradicadas graça às doses da vacina tríplice viral, começa a surgir de novo no país.  

 

E se a chance de fugir do vírus está na vacina, a cobertura, no Estado, ainda deixa a desejar.  Em Venda Nova do Imigrante, apenas 89,85% das crianças receberam a dose.  Em Castelo, o índice é de 77,02%. Afonso Cláudio, 79,32%. 

 

E a imunização é urgente. Um surto de sarampo atinge os estados do Amazonas e de Roraima. Até o último balanço, divulgado no início de julho pelo Ministério da Saúde, já haviam sido registrados nos dois Estados perto de 500 casos da doença no ano. O surto na região colocou em alerta autoridades estaduais e o Ministério da Saúde.

 

No total, já foram confirmados 263 casos de sarampo no Amazonas, além de 1.368 ainda em investigação pelos órgãos de vigilância e 125 já descartados. Do total, 82% das ocorrências foram registradas na capital, Manaus.

 

Em Roraima, os casos confirmados chegaram a 200, com 177 em investigação e 35 já descartados. Em duas situações, ocorreram mortes em decorrência da doença. No Estado, a disseminação da doença é associada por autoridades à chegada de venezuelanos, vindos fugindo do país natal.

 

Por perto

 

A apreensão contra a  doença já chegou ao Sudeste. Dois casos de sarampo foram confirmados nesta terça-feira (9), no Rio de Janeiro. Como a doença é altamente contagiosa, as contaminações ligaram o sinal de alerta para um possível surto no Estado. As duas pacientes são estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e não viajaram recentemente para locais com alta incidência da doença, como Roraima, Amazonas e Venezuela, o que é ainda mais preocupante.  Além disso, as duas haviam tomado as vacinas contra a doença, o que levou a Secretaria de Saúde do Rio a supor que ocorreu uma falha vacinal. 

 

No Espírito Santo, ainda não há casos da doença. Em 1999, o Estado venceu a luta contra a trasmissão autóctone, ou seja, quando a pessoa é infectada no próprio Estado. Já em 2008, outra conquista importante: foi registrado no Espírito Santo o último caso de rubéola e de rubéola congênita (transmitida da mãe para o filho durante a gestação). E  em 1989, o Estado registrava a eliminação da poliomielite. 

 

 

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