Uma caso de estupro chocou moradores do distrito de Santa Maria, no município de Marechal Floriano, no Sul do Espírito Santo. Uma menina de apenas 11 anos estava sendo estuprada há quase dois meses por quatro homens da região onde mora. Uma mulher, também vizinha da vítima, foi presa por ter aliciado a menor e facilitado seu estupro. Ao todo, cinco pessoas foram presas nesta quinta-feira (5) pela Polícia Civil.
Segundo relato do delegado Paulo Roberto, da Delegacia de Polícia de Domingos Martins, uma denúncia anônima relatava que a criança tinha sido vista praticando sexo oral em um homem. A polícia imediatamente pediu o exame de conjunção carnal e constatou que a menina havia sido desvirginada há algum tempo.
A criança então passou a ser acompanhada pelo Conselho Tutelar e acabou confessando ter sido estuprada em setembro por um vizinho, Vantuil Oliveira, 52, enquanto passava por uma trilha em direção ao ponto de ônibus. O agressor teria convidado a criança para dentro de casa prometendo presentes, mas se aproveitou da situação para estuprá-la.
Dentro de casa, os pais da criança não notaram qualquer atitude estranha e, como a denúncia não foi feita, a criança acabou sendo vítima de mais estupros. Desta vez, outra vizinha, Margarida de Freitas, 24, mãe de três crianças, passou a convidar a menina para brincar em sua casa. O convite inocente, entretanto, se mostrou uma estratégia bem pensada.
O sogro de Margarida, José Batista Favino, 59, e o próprio marido da aliciadora, Douglas de Souza Batista Favino, 19, se aproveitavam das visitas da criança para estuprá-la. Depois de um tempo, um amigo da família, o idoso Roberto Alfredo Gerrard, 69, também teria estuprado a menina em uma das visitas à casa de Margarida.
A polícia suspeita que exista ligação entre os estupradores, já que apenas dois deles moram na mesma casa e só uma infeliz coincidência faria com que a criança fosse violentada por quatro homens diferentes. O delegado Paulo Roberto garante que todas as hipóteses estão sendo investigadas, inclusive a que admitiria a existência de um esquema de prostituição infantil com o consentimento dos pais da menina.
Apesar da negativa dos pais de que a criança tenha apresentado atitudes estranhas dentro de casa, a diretora do colégio onde a criança estuda garante ter observado mudanças em seu comportamento nos últimos meses. A menina continua sob custódia dos pais, mas com acompanhamento de uma psicóloga do Programa de Assistência a Vítimas de Violência Sexual (Pavivs) e do Conselho Tutelar.
* Gazeta Online