No dia 26 de julho, foi comemorado o Dia dos Avós. Uma figura importante que, para muitos, é a representação do cuidado, do carinho e da atenção. Pensando na participação significativa que os avós têm na vida de toda família, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para a importância dos cuidados dedicados ao coração das pessoas idosas.
Segundo a geriatra Livia Terezinha Devens, referência técnica em Saúde da Pessoa Idosa da Sesa, todos os órgãos sofrem alterações com o envelhecimento fisiológico e com o coração não é diferente.
“As mudanças acontecem tanto no órgão, como nos vasos sanguíneos, e tendem a alterar os níveis de pressão e a dificultar o fluxo de sangue. Se juntarmos a essas alterações o adoecimento destas estruturas, conhecidas como doenças cardiovasculares, o risco de perda da qualidade de vida se torna maior. E a combinação das alterações, como o envelhecimento, doenças e medicamentos, provocam progressivamente limitações para as atividades do dia a dia, como a má circulação de sangue nas pernas e a falta de ar, o que diminui a capacidade de andar ou brincar com os netos”, informa.
O alerta se dá uma vez que as doenças cardiovasculares foram as principais causas de óbitos de pessoas acima dos 60 anos. Em 2018, no Espírito Santo, foram 5.407 registros de mortes, segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade do Espírito Santo. Em 2019, foram registrados, até início de julho, 2.231 óbitos.
De acordo com a referência técnica, as pessoas precisam ficar atentas aos sintomas de doenças cardíacas já que, em idosos acima dos 75 anos, alguns sinais podem ser mascarados. “Uma tosse noturna repetitiva, por exemplo, pode ser confundida com problemas respiratórios ou do sistema digestório. E tem o caso de idosos com doenças crônicas, como diabetes Mellitus, cujos infartos cardíacos podem acontecer sem dor, de forma silenciosa”, explica a geriatra.
Para uma melhor qualidade de vida dos avós, os cuidados passam pela realização da prática regular de exercícios físicos, que ajudam a dilatar os vasos e melhoram a circulação sanguínea dentro dos órgãos; ter uma alimentação saudável, evitando sal e açúcares em excesso, gorduras saturadas e frituras; e beber bastante líquido, para fluidificar o sangue.
“Se lembrarmos que a definição de saúde pela Organização Mundial de Saúde inclui bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doenças, podemos concluir que, evitar o isolamento e estreitar os laços familiares e de amizades, além do lado espiritual, seja através de doutrina ou não, é tão importante quanto o aspecto físico da nossa saúde”, afirma Livia Devens.
Fonte e foto: Ascom Sesa