A pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) tem sido um enorme desafio para microempreendedores de todo o País e no Estado não é diferente. Muitos precisaram se reinventar para atravessar este período. Para que pequenas e médias empresas possam ter capacidade de investimento, manter postos de trabalho e até mesmo comprar maquinário, o Governo do Estado publicou novo Decreto de Calamidade Pública, no final do mês de setembro, com validade de 180 dias. A medida, entre diversos benefícios, permite o acesso deste público a linhas de crédito com juros reduzidos e maior tempo de carência.
Na última segunda-feira (19), o secretário de Estado de Desenvolvimento, Marcos Kneip, e representantes do Banco de Desenvolvimento do Nordeste se reuniram na secretaria. Na ocasião, os participantes apresentaram o Relatório 2019 dos Programas de Microfinanças do banco, como o Agro Amigo e CrediAmigo, pontuaram o número de operações realizadas no Estado neste ano e comentaram a publicação do decreto de calamidade pública.
A publicação do Decreto foi um pedido da Secretaria de Desenvolvimento (Sedes) ao Governo do Estado, com foco nos empreendedores. A iniciativa já havia sido adotada em outros estados e os resultados foram positivos.
“A publicação do Decreto permite aos empreendedores do norte do Estado a continuidade do acesso a linhas de crédito com juros reduzidos e prazos de carência estendidos até a data de validade do decreto. O Governo tem colocado em prática ações que são fundamentais para o micro e pequeno empresário atravessar este período de pandemia. Sem este respaldo, não é possível a concessão de crédito com condições diferenciadas. Já foram beneficiados com a medida os produtores rurais, pequenos comércios e autônomos, principalmente do norte do Estado’, sinalizou o secretário de Estado de Desenvolvimento, Marcos Kneip.
Atuando na área da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que compreende as regiões nordeste e norte dos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, o Banco de Desenvolvimento do Nordeste sinaliza a importância do decreto para os capixabas e a carteira de crédito na região atingiu um número de operações com a marca de R$ 300 milhões, até setembro. O superintendente estadual do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo do Banco do Nordeste, Wesley Maciel, afirma que podem ter acesso ao financiamento as pessoas físicas e pessoas jurídicas, assim como cooperativas que desenvolvam atividades produtivas não rurais. A medida só foi possível graças ao reconhecimento do estado de calamidade pública no Espírito Santo pelo Governo Federal”, disse Maciel.
As linhas de crédito com caráter emergencial oferecidas pela instituição são a partir de R$ 100 e podem chegar a R$ 21 mil. “A decisão do governo do Espírito Santo em decretar o estado de calamidade foi muito importante. E a inadimplência tem sido muito pequena, na casa de 3%. A postura do Estado sinaliza que está em sintonia com outras administrações públicas e o compromisso com o cidadão e os pequenos negócios. Temos linhas de crédito, como o CrediAmigo, que oferece capital de giro e investimento para os pequenos negócios, e outras emergenciais que são orientadas pelo Programa Nacional de Microcrédito Orientado (PNMO), que oferece orientação até mesmo sobre como manter o negócio”, concluiu o superintendente do banco.
Também participaram da reunião os gerentes executivos do Banco do Nordeste, Bruno Fortes e Marcus Louriçal.
Com informações da Sedes/Ipem.