* Leandro Fidelis
(leandro@radiofmz.com.br)
Venda Nova reflete mais uma paralisação nacional. Nesta quarta-feira (21), os servidores do poder Judiciário interromperam suas atividades. Muitos processos podem ter o andamento suspenso e audiências deixarem de ser realizadas. O grupo, formado por 22 funcionários efetivos, além de contratados, está concentrado na recepção do Fórum desde o início da manhã.
Só ações consideradas emergenciais, como as que envolvem habeas corpus e mandados de segurança, estão sendo atendidas no Fórum de Venda Nova. Os servidores aderiram em protesto à carga horária de oito horas diárias e reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Faz 12 anos que não temos reajuste, disse Osvaldo Damasceno, delegado sindical de Venda Nova.
Ele explica ainda que o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário no Espírito Santo (Sindijudiciário) aderiu ao movimento porque o Tribunal de Justiça do Estado não tem mantido negociações em relação a essas reivindicações.
De acordo com o Sindijudiciário, é a primeira vez, em 20 anos, que a categoria decide participar de um movimento como esse. A paralisação termina às 18h desta quarta-feira, mas os servidores seguem em estado de greve até o dia 6 de novembro. Neste dia, está prevista uma assembleia em Vitória. Se não houver negociações com o Tribunal de Justiça, o sindicato não descarta o início de uma greve por tempo indeterminado.
Bancários
Os bancários de Venda Nova mantém a paralisação apenas na agência da Caixa Econômica Federal. Com isso, a greve completa 20 dias na cidade. Ainda não houve acordo no Estado com os funcionários da Caixa. No último dia 7, a agência do Banco do Brasil retomou as suas atividades.