* Leandro Fidelis
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As colônias de descendentes comemoraram a vitória da Alemanha ontem, na Região Serrana. A maioria das famílias de Domingos Martins, Marechal Floriano e Santa Maria de Jetibá, cidades de imigração germânica, assistiu à final da Copa em casa. No fim, houve foguetórios.
Filipe e Gustavo torceram para a Alemanha desde o início da Copa – Divulgação |
O resultado da partida entre Alemanha e Argentina saiu no horário em que os moradores de religião luterana estavam a caminho da igreja. Também choveu e fez muito frio durante o jogo.
Com a derrota brasileira na semifinal, ficou mais fácil o torcedor de origem alemã assumir sua predileção pela seleção campeã da Copa 2014. É o caso dos irmãos universitários Filipe (20) e Gustavo Krohling (18), de Santa Maria, zona rural de Marechal.
"Estou muito feliz. Respeito os brasileiros, mas desde o início da Copa estava torcendo para a Alemanha. Na derrota do Brasil por 7×1, não pude comemorar muito, porque a família estava dividida", conta Filipe.
Outra torcedora feliz com a vitória alemã é a dona de casa Elisa Ost (33), de Domingos Martins. "Desde o início da Copa minha família toda torce pela Alemanha. Não que eu seja contra o Brasil, fiquei muito dividida na semifinal, mas a Alemanha sempre fala mais alto, é o sangue.
A professora Delisiane Loose (23), do mesmo município, também comemorou. "Minha alegria é imensa, não tem como ser melhor. Mesmo passando mal, estou feliz com a conquista do tetra pela Alemanha", disse.
Para o psicólogo e professor de alemão André Kuster-Cid (38), a vitória alemã fortalece o laço entre o Brasil e aquele país. "Eu torço pelo Brasil, mas ainda somos ligados emocionalmente aquele país."