Desfalque nos atendimentos de saúde em Venda Nova

A procura de uma mulher moradora do distrito de São João pela ajuda dos vereadores deixou ainda mais acalorado o debate na Câmara sobre os problemas enfrentados pela população. Na última terça-feira (20), a moradora se reuniu com os vereadores momentos antes da sessão, quando reclamou do atendimento na área de saúde.

Com base nas afirmações dos vereadores documentadas na ata da sessão do dia 23 de março e dos números enviados pela Secretaria Municipal de Saúde, Fernando Altoé- PSDB falou dos desfalques no atendimento de Venda Nova à população. Ele abriu o debate lembrando de seus primeiros questionamentos e como foram a reação de algum dos vereadores da situação.

Na ocasião, Altoé falou dos exames de raio X não executados pela Saúde e também as consultas psiquiátricas por falta de profissionais. Alberto rebateu dizendo que Leiliane informou que todos os exames de urgência estavam sendo executados e Valdir Dias- PMDB disse que a demanda de psiquiatra não era tão grande.

Altoé, que foi secretário de Saúde por cerca de dez anos, tinha convicção do que estava falando. “Pedi as informações e a secretária de Saúde, como toda vez, atendeu com precisão. “É um absurdo o que está acontecendo.”

O vereador apresentou o relatório enviado pela secretária onde se registra que nos dois primeiros meses não houve atendimento psiquiátrico. Os procedimentos ortopédicos também foram baixos, conforme mostra cópia do relatório anexo.

“Ortopedia é a especialidade que mais encaminha para raio-X. Sabemos que é burocrático e fazer licitação é difícil. Não conheço nenhum prefeito preso por ter feito o exame. Sei que teve quem precisou responder quando não fez. O poder público tem que responder e é de sua competência fazer acontecer esses exames. penso que os funcionários da Ama devem estar desgastados, sem argumento para dizer não em função da falta de licitação. A ação social também precisa ficar se explicando.”

O vereador verificou ainda a ausência de ultrasson enquanto têm muitas gestantes no município. “Pedir exame é um ato médico. O médico corregedor é outra situação. Quando Venda Nova ter um, ele vai questionar”, disse numa referência aos comentários de Alberto Falqueto- PDT sobre a possível contratação de um corregedor quando acontecer a regionalização da saúde.

“Todos sabiam desde novembro, estou falando da falta de remédios para diabetes e hipertensos”. Fernando Altoé denunciou ainda que entraram na conta da Prefeitura R$ 131 mil para tratamento de alta complexidade. Temos mais de R$ 500 mil para gastar com alta e média complexidade e o dinheiro está parado na conta por falta de gestão pública. Isso é desumano. É caso de Ministério Público. Estou indignado.”

Reclamações na Câmara

Uma moradora do distrito de São João se reuniu com os vereadores momentos antes da sessão, quando reclamou do atendimento na área de saúde em sua comunidade. O encontro foi na sala de reunião e ela não se manifestou na Tribuna.

De acordo com José Marques Pacheco- PP , o Zezão, ela disse que anos atrás a comunidade contava com remédios, exames e outros benefícios. “Não sei o que está acontecendo, mas vai dar jeito. Precisamos conseguir ser o que Venda Nova sempre foi e fazer o que o povo está reivindicando. Somos co responsáveis e os moradores têm que cobrar da gente mesmo.”

Para Marco Grillo – PSDB, a moradora deu uma contribuição importante, pois com a correria do dia-a-dia os vereadores não conseguem estar presentes em todo Município e as vezes a demanda não chega. “Participação como a sua, com sugestões e cobranças, ajudam exercer a função de vereador.”

Já Valdir Dias- PMDB disse que na reunião, a moradora passou o relato do que está acontecendo na saúde. “Amanhã é feriado, e quinta-feira pela manhã vou passar essa preocupação para a secretária de Saúde e ao prefeito.” (* Site Câmara de Venda Nova)

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