Dia de Campo de morango orgânico reúne produtores da Região Sudeste em Pedra Azul

Colaboração Lázaro Boone

Cerca de 100 produtores rurais participam ontem de um Dia de Campo sobre morango orgânico em Pedra Azul, comunidade de Domingos Martins. Na ocasião, eles puderam conhecer as diversas etapas da produção orgânica de morango, desde o plantio, passando pela colheita até a agroindustrialização.

A atividade ocorreu no sítio Penhazul, propriedade da família de Marilza Módolo, que é referência na produção orgânica de morangos na região, comercializando geleias e compotas feitas na propriedade para outros estados, incluindo o Rio de Janeiro.

Na atividade, participaram agricultores capixabas dos municípios de Irupi, Santa Maria de Jetibá, Guaçuí, Domingos Martins, Cariacica, Ibatiba e Marechal Floriano, além de pessoas dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

“O público foi composto por agricultores que já trabalhavam com alimentos orgânicos, mas ainda não produziam morangos e por outros que tinham interesse na cultura em si e queriam iniciar a produção”, falou a engenheira agrônoma Hanny Slany.

Colaboração Lázaro Boone

O Dia de Campo teve três estações, onde foram trabalhados temas específicos relacionados à produção do morango, como cultivares, manejo de solo e adubação, manejo fitossanitário e manejo da colheita, pós-colheita e processamento. Também foi apresentada a maneira como começou a cultura do morango no Espírito Santo, bem como as principais variedades adaptadas à Região Serrana capixaba.

“Toda a atividade do Dia de Campo abordou tecnologias de cultivo orgânico, que possui tecnologias próprias. O manejo é semelhante, mas o que muda é a maior necessidade de mão de obra no cultivo, o que é compensado pela qualidade do produto”, falou o pesquisador e engenheiro agrônomo Jacimar Luiz de Souza. Ele também disse que a produtividade do morango orgânico é igual ou superior à produtividade do cultivado de maneira tradicional. “No caso do Sítio Penhazul, a produção é de 40 toneladas por hectare”, relatou Jacimar.

Um dos motivos pelo qual vieram produtores de fora do Espírito Santo é a comercialização de geleias e compotas de morango orgânico do Sítio Penhazul para outros Estados, como o Rio de Janeiro. O processamento do fruto é feito todo dentro da propriedade.

“Na propriedade onde foi realizado o Dia de Campo trabalha-se com agroturismo. Dessa forma, os morangos in natura são consumidos no local pelos turistas e hóspedes. O morango processado, usado na fabricação de geleias, é comercializado para fora, pois possui maior valor agregado”, explicou a engenheira de alimentos, Monique Ribeiro.

Ela disse que também foi ensinada a maneira correta de embalar e rotular os morangos para comercialização. Além disso, foram apresentados os critérios de qualidade dos frutos e grau de maturação correto para a colheita dos morangos.

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