A educação do Espírito Santo está em primeiro lugar no País. O Estado apresentou o melhor desempenho entre as unidades da federação no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2012, conforme dados apresentados nesta terça-feira (03), pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que inclui nações ricas.
O exame, aplicado em 65 países, avalia conhecimentos em leitura, matemática e ciências com alunos de 15 anos. O Espírito Santo passou do 6º lugar, em 2009, para a primeira colocação no ano passado.
“Esse é um resultado muito significativo, não apenas por termos alcançado o primeiro lugar, mas, sobretudo, por termos avançado em todas as áreas. Os dados indicam que as políticas públicas adotadas estão contribuindo para melhorar a qualidade do ensino”, ressaltou o secretário de Estado da Educação, Klinger Barbosa Alves.
A média do Espírito Santo nas três áreas passou de 414 para 423, no período de três anos. Em leitura, o avanço foi de 423,6 para 427; em matemática, de 397,3 para 414; e, em ciências, de 421,3 para 428, cuja área de conhecimento foi a que apresentou o melhor resultado entre todos os estados do País.
Entre outras ações, o secretário atribui o bom desempenho do Espírito Santo à política de capacitação dos professores, como o Multicurso Matemática e a formação na área de Ciências, com a criação de cadernos de experimentos, e a programas e projetos que visam o reforço de aprendizagem e a correção de distorção idade-série.
Klinger Barbosa Alves observou ainda que o resultado também é fruto do empenho de professores, equipe pedagógica e de gestão que buscam fazer o processo de ensino e aprendizagem diferenciado, mas lembrou que a busca por melhorias na qualidade do ensino deve ser permanente e que o trabalho está apenas no início.
Em relação ao resultado do Brasil, Klinger Barbosa Alves aponta que o País também apresentou crescimento em todas as áreas no comparativo com a avaliação de 2009, embora tenha perdido algumas posições no ranking.
“Isso demonstra que alguns países avançaram mais, porém precisamos ter muita cautela ao comparar o Brasil a outros países porque nosso sistema educacional ainda está em formação. Nosso vizinho Uruguai, por exemplo, há mais de um século está com todas as crianças na escola, enquanto o Brasil ainda está nesse processo de garantir o acesso”, concluiu o secretário.