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Encontro reúne apreciadores do vinil em Conceição do Castelo

* Leandro Fidelis

(leandro@radiofmz.com.br)

Houve uma época em que ouvir música era bem diferente. Isso significava colocar um disco na vitrola e ter que dar uma encostadinha de leve na agulha toda vez que a música agarrava. Para as novas gerações, acostumadas ao CD, os vinis são peças de museu.

Apesar de não serem mais lançados no mercado, os “bolachões” continuam a despertar paixões de saudosistas de toda a parte. Em Conceição do Castelo, Região Serrana capixaba, quatro colecionadores formaram uma comissão para resgatar o velho vinil. Nesta sexta-feira (27), eles organizam um encontro para reunir cerca de 100 admiradores dos LPs. O evento será a partir das 19h, na rua perpendicular à praça da Igreja Matriz, esquina do Bar do Dudu.

Aparelhos de som três em um (fita k7, rádio e LP) vão tocar antigos sucessos durante o encontro, que terá exposição de vinis. “Nós gostamos de música sertaneja, mas se alguém trouxer um Menudo a gente também aceita”, destaca o zootecnista Paulo Spadetto, um dos organizadores.

Segundo Paulo, inicialmente a ideia era apenas reunir os conhecidos, mas na própria cidade foram descobertos colecionadores de preciosidades da música nacional e internacional interessados em um pouco da nostalgia proposta pelo evento. O sanfoneiro João Correia, único conceiçoense com dois LPs gravados, é presença confirmada.

Além de Paulo, integram a “Bolachão”- Comissão dos Amigos ao Resgate do Disco de Vinil- Adriano Pereira Pinto, Ronivon Soares Ferreira e Ednaldo Clemente Moreira. O objetivo do grupo é promover outros encontros durante o ano.

Ele é amigo dos artistas

Outro colecionador que vai comparecer ao evento é João Luiz Porto, de Venda Nova do Imigrante. O grande orgulho desse balconista de 45 anos é a sua coleção de 700 vinis. Os LPs dividem espaço com fitas K7 e CDs na estante do seu quarto.

Mas o que mais chama atenção em João Luiz é a sua relação próxima com os ídolos sertanejos. Ele tem o telefone da maioria e sempre liga para saber dos lançamentos e conseguir LPs que ainda não constam no seu acervo. “Hoje eles lançam só CDs e DVDs, que têm qualidade melhor, mas não o mesmo encanto do vinil. O legal é que sempre os consigo autografados”, conta.

Quando bate aquela saudade do passado, João Luiz diz que coloca o vinil para tocar. Os favoritos são os do Amado Batista (18 na coleção) e do Trio Parada Dura (36 no total). Para esses apreciadores, virar o disco no final do lado A é um detalhe que não faz a menor diferença quando se tem paixão pela coisa.

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