A malária no Espírito Santo já ultrapassa os cem casos. As prefeituras de Vila Pavão e Barra de São Francisco, cidades que concentram a maior parte dos casos, emitiram boletins que apontam 106 casos confirmados, sendo 86 em Vila Pavão e 20 em Barra de São Francisco. Uma pessoa morreu vítima da doença. Em todo o ano de 2017, foram 49 registros da infecção, menos da metade do que foi confirmado nos primeiros oito meses de 2018.
O que preocupa mais é o protozoário causador da doença nas cidades do Noroeste do Estado: o tipo falciparum, de origem amazônica. Na Região Serrana do Estado, o tipo vivax é facilmente encontrado, mas o protozoário é menos agressivo do que o falciparum.
Grande Vitória
Uma nova preocupação surge com o caso de uma idosa de 82 anos que está com malária. A mulher foi de Vila Pavão para Vila Velha, para visitar a filha. Chegando ao município da Grande Vitória, a idosa teve os sintomas da doença e foi diagnosticada pela equipe da vigilância epidemiológica da cidade. A prefeitura informou que não há casos de malária autóctones – infecção local – na cidade.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são febre, fadiga, vómitos e dores de cabeça. Em casos graves pode causar icterícia, convulsões, coma ou morte. Os sintomas começam-se a menifestar entre 10 e 15 dias após a picada. Quando não é tratada, a doença pode recorrer meses mais tarde. Uma nova infeção geralmente causa sintomas mais ligeiros. No entanto, a imunidade parcial pode desaparecer no prazo de meses a anos se a pessoa não for continuamente exposta à doença.
Existem cinco espécies de Plasmodium que podem infetar os seres humanos. A maior parte das mortes são causadas pelo P. falciparum. As espécies P. vivax, P. ovale e P. malariae geralmente causam formas menos graves de malária que raramente são fatais. A espécie P. knowlesi raramente causa a doença em seres humanos.