Os casos de malária preocupam a saúde pública capixaba. Já são 66 casos confirmados na Região Noroeste do Estado. Este número ultrapassa todas as notificações no Espírito Santo em 2017, quando foram registrados 49 casos. As cidades atingidas são Vila Pavão, com 50 casos, e Barra de São Francisco, com 16 casos. Uma pessoa morreu.
A preocupação é ainda maior por conta do causador da doença: o protozoário tipo falciparum, que é mais agressivo do que o tipo vivax, que existe na Região Serrana do Estado, em especial Domingos Martins e Santa Teresa. O falciparum é de origem amazônica.
Situação de emergência
A Prefeitura de Vila Pavão decretou situação de emergência em razão do surto de malária na cidade. Até a noite desta segunda-feira (6), a cidade havia registrado 50 casos confirmados da doença.
O decreto autoriza a adoção de medidas administrativas necessárias à contenção do surto, especialmente, a aquisição pública de insumos e materiais e a contratação dos serviços necessários ao atendimento emergencial à população.
Segundo a equipe que monitora a doença no município, existem focos de malária nas localidades de Conceição do Quinze, Praça Rica, Córrego do Estevão e Córrego Paraíso, no interior do município.
Vila Pavão criou uma força-tarefa para bloquear a doença, com o uso de carros fumacê e orientações à população. Foi montado ainda na cidade, um laboratório que oferece assistência aos moradores com sintomas da doença, além de realizar exames com resultado mais rápido, em cerca de 30 minutos.
A transmissão da malária ocorre pela picada do mosquito Anopheles stephensi, chamado de mosquito prego, que também se reproduz em água parada. Os sintomas são febre seguida de muito suor, calafrios, tremedeira, vômitos e forte dor de cabeça. A hipótese é que alguém de fora com o vírus inoculado tenha trazido a doença.