Um novo abatedouro de aves será construído no Espírito Santo por um grupo de criadores de frango. A iniciativa faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que está em construção na Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Espírito Santo (Idaf), Ministério Público Estadual (MPES) e Associação dos Avicultores do Estado do Espirito Santo (Aves), para ampliar a capacidade de abate regular de frangos e zerar os clandestinos, que atualmente gira em torno de 7% no território capixaba.
Nessa terça-feira (24), na Seag, Governo do Estado, MPES e avicultores iniciaram os encaminhamentos necessários para formalizar o TAC. O novo abatedouro será construído na principal região produtora, Domingos Martins ou Marechal Floriano.
“A nova planta terá condições de garantir que 100% dos abates de frangos para consumo em solo capixaba sejam realizados em unidades frigoríficas credenciadas e com serviços de inspeção no Estado. Com isso, vamos garantir a oferta de produtos de qualidade à população”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
Cenário da avicultura capixaba
Os municípios de Marechal Floriano e Domingos Martins respondem por 60% da produção de frango de corte no Estado e são os principais fornecedores da Região Metropolitana.
Atualmente, no Espírito Santo, nove abatedouros trabalham regularmente com os Serviços de Inspeção Estadual (SIE), fiscalizados pelo Idaf, ou de Inspeção Federal (SIF), sob a responsabilidade do Governo Federal. Todos os meses, aproximadamente, quatro milhões de aves são destinadas para abate no Estado, sendo 70% do total enviados a esses abatedouros credenciados e cerca de 7% ainda são destinados a abatedouros não registrados ou inspecionados pelo Idaf ou Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os outros 20% da oferta capixaba de frango de corte são enviados vivos para outros Estados, principalmente para o Rio de Janeiro.
A avicultura capixaba, incluindo a produção ovos e carne, está presente em quase 200 propriedades rurais, principalmente na Região Serrana do Espírito Santo, e gera cerca de 22 mil empregos diretos e indiretos. Também, todos os meses, a avicultura produz cerca de 30 mil toneladas de esterco, o que é fundamental para a viabilização da adubação orgânica de outros setores da agricultura como produção de hortaliças, fruticultura, café e outras atividades.