O Espírito Santo ganha a mais nova rota turística. Nesta quinta-feira (22) será lançado oficialmente o Instituto Rota Imperial, que será responsável por gerenciar a Estrada São Pedro DAlcântara, que ligará Ouro Preto, em Minas Gerais a Vitória. Ao todo, 14 municípios capixabas e 17 mineiros estão integrados na rota.
Os 31 municípios já contam com mais de 180 atrativos turísticos catalogados. O percurso será de 585 quilômetros entre os dois estados. O Instituto Rota Real, lançado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e Secretaria de Estado de Turismo, irá finalizar os estudos que está reconstruindo os caminhos utilizados pelo império, entre 1814 e 1816.
O traçado que identificou os municípios que foram utilizados pelo império foi feito pelo Instituto Estrada Real (IER), de Minas Gerais, contratado pela Findes e pela Secretaria de Turismo do Estado. Segundo informações da Findes, a expectativa é que até o segundo semestre do próximo ano seja possível percorrer por todos os 585 quilômetros da Estrada São Pedro DAlcântara, entre os 31 municípios.
Mas, quem não quiser esperar até lá, já pode apreciar as belezas naturais, as riquezas gastronômicas, a rica arquitetura e a intensa troca cultural das cidades que fazem parte do projeto. O caminho releva um legado histórico do Ciclo do Ouro, em Minas Gerais, até a imigração alemã, pomerana, italiana e portuguesa das terras capixabas.
De acordo com as pesquisas da Findes, diversos setores serão envolvidos, como hotéis, pousadas, restaurantes, farmácias, entre outros. O objetivo é unir todos em prol do desenvolvimento sustentável da atividade turística, para a ampliação de negócios e geração de emprego e renda.
Com um trajeto praticamente em estrada de chão, a Rota Imperial permite tráfego de carros durante todo o ano. As unidades de conservação se destacam na composição cênica, como o Parque Nacional do Caparaó, e os Parques Estaduais do Forno Grande e Pedra Azul.
No percurso é possível apreçar diversas cachoeiras, lindas vegetações e paisagens, atrativos naturais como a Pedra Azul, pousadas, hotéis, cafés e pequenas propriedades de agroturismo, que produzem doces, queijos, embutidos, cachaça e artesanatos variados. A maior parte utiliza a matéria-prima da própria propriedade e as receitas passadas de geração em geração.
Municípios capixabas na Rota
Cariacica, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Muniz Freire, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Venda Nova do Imigrante, Viana e Vitória.
* Texto de Julio Huber- A TRIBUNA, 21/10/2009
